Um ataque em uma universidade da cidade de Perm, na Rússia, culminou em pelo menos seis mortos e 20 feridos nesta segunda-feira (20) depois que um homem invadiu o local e passou a atirar nas pessoas – durante a ação, o criminoso foi ferido e preso.
De acordo com o Comitê de Investigação Russo, responsável pelas investigações mais importantes do país europeu, “um estudante que estava em um dos edifícios da universidade abriu fogo contra as pessoas ao seu redor”.
Nas primeiras informações, o comitê havia revelado que pelo menos oito mortes haviam sido constatadas. Todavia, a organização acabou atualizando os dados, corrigindo as informações e ainda revelando que o assassino “ficou ferido durante a detenção”, pois resistiu à prisão.
O ataque
Nas redes sociais, um vídeo mostra a ação do criminoso. Nas imagens, é possível ver que o suspeito, vestindo uma roupa preta, caminha na direção da entrada do prédio enquanto atira.
Em outros vídeos, também é possível ver estudantes tentando fugir dos tiros. Desesperados, alguns deles pularam das janelas do primeiro andar do prédio da universidade.
Segundo o comitê investigativo da Rússia, 28 pessoas precisaram de atendimento médico, em um ataque que deixou ao menos 20 feridos, sendo 19 deles por tiros.
Dmitri Peskov, porta-voz da presidência russa, afirmou que o chefe do Executivo daquele país está ciente do caso, mas não se pronunciou, pois passa por um período de quarentena após ter tido contato com pessoas contaminadas pela Covid-19.
“O presidente expressa profundas condolências aos que perderam parentes e amigos no incidente”, afirmou Peskov.
Incidentes recorrentes
Em um passado não tão distante, ataques como o desta segunda (20) eram raros na Rússia. Todavia, nos últimos anos, eles têm se tornado mais recorrentes. A última ação do tipo havia acontecido em maio, quando um jovem, de 19 anos, matou nove pessoas em uma escola de Kazan.
Para tentar frear o aumento destes ataques, a Rússia tem tornado ainda mais rigorosa sua legislação de armas. Para o presidente do país, em um comentário registrado à época do ataque em Kazan, esses incidentes foram importados dos Estados Unidos, caracterizando-se como um fenômeno perverso da globalização.
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