O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, divulgou nesta quarta-feira (7) a ata da última reunião do banco, ocorrida em meados de junho. A saber, as autoridades que participaram do encontro concordaram que os EUA ainda não atingiram o progresso esperado.
Por outro lado, a ata também mostrou que os entes participantes seguem atentos a mudanças no país. Isso inclui elevação brusca da inflação ou materialização de outros riscos. Tudo isso para que a política monetária praticada no país seja a mais benéfica para todos.
Em resumo, a ata mostrou que não houve um posicionamento único das autoridades. Enquanto uns acreditam que o fim das compras de ativos pelo Fed chegará mais rapidamente que o esperado, outros pediram paciência para a definição de qualquer alteração da política monetária do país.
Em todo o caso, houve um consenso: o risco com a inflação. De acordo com a ata, a maioria dos presentes sinalizaram que o Fed precisará agir rapidamente caso haja necessidade. A propósito, autoridades se referiam aos riscos inflacionários do país, que continuam seguindo uma trajetória ascendente.
“Em geral, os participantes julgaram que, por uma questão de planejamento prudente, é importante estar bem posicionado para reduzir o ritmo de compras de ativos, se apropriado, em resposta a acontecimentos econômicos inesperados, incluindo progresso mais rápido do que o esperado na direção das metas do Comitê ou o surgimento de riscos que possam impedir o cumprimento das metas do Comitê”, apontava o documento.
Ata não deixa claro em que momento o Fed tomará futuras decisões
Apesar destas informações, a ata do Fed não deixou claro em que momento o Fed começará a alterar a compra mensal de ativos. Aliás, também não houve indicação de quando as taxas dos juros começarão a subir. Estas medidas estão sendo adotadas pelo banco desde março do ano passado, início da pandemia da Covid-19.
Mesmo com as poucas explicações, a ata evidenciou que as discussões justamente sobre estes tópicos começaram. O que mais ficou exposto na reunião foi a divergência entre as autoridades. Enquanto muitos desejam mudanças mais rápidas, outros tantos preferem manter a cautela e as medidas adotadas pelo Fed por mais tempo.
Por fim, as duas próximas reuniões do Fed estão marcadas para 27 e 28 de julho e 21 e 22 de setembro. Até lá, o banco ainda realizará sua conferência em Jackson Hole, Wyoming. Normalmente, estes eventos que antecedem as reuniões servem para as autoridades do Fed sinalizarem mudanças na política monetária do país. Resta aguardar para ver.
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