O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, divulgou nesta quarta-feira (18) a ata da última reunião do banco, ocorrida em 27 e 28 de julho. A saber, as autoridades que participaram do encontro sinalizaram que os estímulos praticados pelo banco na economia norte-americana pode chegar ao fim mais cedo que o esperado.
De acordo com o documento, os participantes da reunião afirmaram que a meta do banco em relação ao mercado de trabalho dos EUA pode ser alcançada ainda em 2021. Em resumo, o Fed sempre citou a recuperação dos trabalhos no país para saber o momento em que encerrará seus estímulos na economia.
“A maioria dos participantes esperava que a economia continue a fazer avanços na direção desses objetivos” e que a meta “poderia ser alcançada este ano”. No entanto, o encontro ficou marcado pela discordância entre os membros, inclusive sobre as metas do Fed.
Em suma, a ata mostrou que houve desentendimentos sobre o momento em que o Fed reduzirá a compra de títulos mensais no valor de US$ 120 bilhões. Nesse caso, “vários participantes” ressaltaram que a política monetária adotada pelo banco ainda é necessária para recuperar a economia americana.
Enquanto isso, “alguns” externaram suas preocupações com as metas estabelecidas pelo Fed. Na verdade, afirmaram que as expectativas sobre o mercado de trabalho voltar ao patamar anterior à pandemia “não ser o referencial correto”. Isso porque as mudanças provocadas pela crise sanitária tendem a durar na economia dos EUA.
Ata também mostra atenção à variante Delta
Além disso, a ata revelou que os participantes citaram o aumento de casos que a variante Delta do novo coronavírus vem provocando em todo o planeta. Embora a cepa esteja elevando os números nos EUA, o documento mostra que a recuperação econômica do país continua forte.
Por isso, algumas autoridades vêm pressionando o Fed a elevar a taxa de juros de referência, que atualmente está entre 0% e 0,25%. Ao mesmo tempo, os números do mercado de trabalho seguem expressivos, bem como a inflação, que supera em muito a meta de 2% do Fed.
Por fim, analistas acreditam que o Fed anunciará a redução dos estímulos na economia americana já na próxima reunião, em 21 e 22 de setembro. Até lá, a atenção ficará voltada ao presidente do Fed, Jerome Powell, que pode sinalizar mudanças na política monetária do país. Resta aguardar para ver.
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