Assessores ligados a Bolsonaro, atualmente alvos de uma operação da Polícia Federal tiveram um aumento significativo em seus rendimentos, após viagem para os EUA.
Nesse sentido, segundo informações do Portal da Transparência consultadas pela Agência “Fiquem Sabendo”. Com isso, esses quatro assessores investigados receberam quase R$ 400 mil em diárias, mais do que o dobro do que receberam ao longo de todo o mandato.
Os assessores Max Guilherme Moura, Sérgio Cordeiro, Mauro Cid e Marcelo Câmara, que eram remunerados pelo governo federal, acompanharam Bolsonaro em uma viagem a Orlando, nos Estados Unidos. Com intuito de prestar assessoria após sua saída do país no final de dezembro. Com isso, três deles já foram presos e o quarto foi alvo de busca e apreensão por suspeitas de envolvimento em um esquema de fraude de certificados de vacinação.
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Custo das viagens para os EUA
O custo total para os cofres públicos com diárias e passagens aéreas para esses quatro assessores durante os três meses em que Bolsonaro permaneceu nos EUA foi de R$ 467 mil, sendo que 85% desse valor corresponde às diárias.
Assim, as diárias são pagamentos feitos pelo governo aos servidores em viagens a trabalho, destinados a cobrir despesas com hospedagem e alimentação. Nesse sentido, durante todo o governo Bolsonaro, esses assessores receberam menos da metade desse valor em diárias (R$ 174 mil). Dessa forma, um dos motivos para essa diferença é que as diárias no exterior são pagas em dólares.
Esses dados levantam questionamentos sobre os gastos excessivos com diárias durante as viagens de Bolsonaro e a maneira como os recursos públicos estão sendo utilizados. A investigação em andamento pretende esclarecer possíveis irregularidades e esquemas de fraude relacionados aos certificados de vacinação. Além disso, tem por objetivo verificar se os recursos públicos foram utilizados de forma indevida.
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Governo federal avalia manter o pagamento dos assessores de Bolsonaro presos
Nesse sentido, o governo federal está avaliando a possibilidade de manter ou não, o pagamento de remuneração mensal a dois membros da equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles foram presos na semana passada em uma operação da Polícia Federal relacionada a um esquema de fraude em registro de vacinas.
Sérgio Cordeiro e Max Guilherme, ex-assessores do gabinete presidencial, foram presos de forma preventiva. Com isso, eles fazem parte de um grupo de oito auxiliares. Que continuam sendo remunerados pelo governo mesmo após o fim do mandato de Bolsonaro.
Segundo os registros do portal da Transparência Pública, Sérgio Cordeiro recebe uma remuneração mensal bruta de R$ 13,6 mil. Enquanto Max Guilherme recebe R$ 6,2 mil. Cada ex-presidente tem direito a oito assessores e dois veículos oficiais.
A decisão de manter o pagamento dessas remunerações tem como base uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) em 2018. Com isso, naquela ocasião, o tribunal determinou que a equipe de servidores que assessorava o Presidente Lula durante o período em que ele estava preso, deveria ser mantida. Dessa forma a mesma lógica pode ser aplicada ao ex presidente Bolsonaro.