Associações que representam agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmaram, nesta terça-feira (01), que o não pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre sua derrota nas eleições no último domingo (30) tem dificultado “a pacificação do país e contribui para estimular os bloqueios feitos por caminhoneiros em estradas do país”.
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De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e os Sindicatos dos Policiais Rodoviários Federais de todo o Brasil, é preciso respeitar o resultado das eleições que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesse sentido, as entidades pedem uma “postura firme” da direção da PRF para o desbloqueio das estradas.
“O resultado das eleições de 2022 expressa a vontade da maioria da população e deve ser respeitado. A postura do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, em manter o silêncio e não reconhecer o resultado das urnas acaba dificultando a pacificação do país, estimulando uma parte de seus seguidores a adotarem ações de bloqueios nas estradas brasileiras”, afirmam as associações.
Em outra parte da nota, as entidades dizem que o sistema sindical dos agentes da PRF continua cobrando uma postura firme do DPRF a fim de prover os meios necessários para que a corporação cumpra suas funções constitucionais. Segundo as associações, somente assim será possível garantir “o direito de ir e vir da população e resguardando a segurança e integridade dos policiais”.
Assim como vem relatando o Brasil123, desde segunda-feira (31), caminhoneiros estão bloqueando estradas de praticamente todos os estados do país por não aceitarem a derrota de Bolsonaro. No começo da madrugada desta terça-feira (01), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e referendou uma decisão do ministro Alexandre de Moraes de que a PRF e agentes da Polícia Militar (PM) devem promover ações que visam a desobstrução das vias ocupadas ilegalmente.
Em sua decisão, Alexandre de Moraes, seguindo um pedido da Confederação Nacional dos Transportes, ainda determinou uma multa de R$ 100 mil por hora e eventual afastamento do cargo do diretor da PRF, Silvinei Vasques, em caso de descumprimento da ordem expedida por ele, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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