O assassinato de um motorista de app está causando revolta no Rio de Janeiro. Alexandre Jorge Monteiro de Souza tinha 40 anos de idade. Ele sofreu um ataque com uma faca, procurou ajuda em um hospital da região, mas não foi atendido e morreu.
De acordo com as informações da Polícia Civil, tudo começou na noite desta segunda-feira (8). Na ocasião, Alexandre estava cumprindo uma viagem com um passageiro. A principal suspeito é a de que ele sofreu um assalto logo depois dessa corrida.
Ele levou várias perfurações. Aliás, a maior parte delas foi no pescoço. Mesmo com graves ferimentos, ele conseguiu dirigir até o hospital mais próximo. Nesse caso foi o Hospital Federal de Bonsucesso. Mas chegando lá, não conseguiu atendimento.
De acordo com testemunhas, a área de emergência estava fechada. Na confusão portanto, Alexandre quase atropelou um dos seguranças do hospital. O segurança então decidiu chamar a polícia e não um médico.
Quando os policiais chegaram era tarde demais. Segundo os dados do Boletim de Ocorrência, eram por volta das 23h23 quando eles descobriram que o homem que supostamente tentou atropelar um segurança, estava querendo apenas um atendimento. Mas ele já estava morto.
Assassinato do motorista
A esposa de Alexandre, Samila de Souza Barbosa da Silva, decidiu falar. Ela é enfermeira e disse que se sentiu envergonhada com a atitude do hospital. Entre outras coisas, ela disse que o seu marido foi assassinato duas vezes. Uma pelo bandido e outra pelo hospital.
“(Eu estou) incapacitada, derrotada e triste, a gente faz um juramento e aqui esse juramento não existiu. Foi negligência. Eles nem foram ver o que tinha acontecido. A pessoa morre pedindo socorro e ninguém faz nada? Faz o que agora? Ele é só mais uma estatística agora”, disse ela.