Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, vai decidir ainda nesta terça-feira (02) se haverá ou não a votação do Projeto de Lei (PL) das Fake News. A informação foi revelada pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT), que esteve presente, também nesta terça, em uma reunião que contou com a presença do chefe da Casa e de líderes partidários para decidir sobre a votação do texto.
De acordo com José Guimarães, a maioria dos líderes se posicionou a favor de uma votação já nesta terça. “A maioria dos líderes se posicionaram, independente da quantidade de votos, para votar a matéria. Na minha opinião, acho que temos que votar, acho que não é razoável depois de 3 anos, o trabalho que o relator fez, nós nos acovardamos e não votamos essa matéria”, afirmou ele em entrevista coletiva.
Ainda na ocasião, o líder do governo disse que, todavia, mesmo com a maioria favorável para votar o projeto, a decisão é do presidente da Casa, ou seja, de Arthur Lira. Além dele, quem também comentou sobre o tema foi o deputado Orlando Silva (PCdoB), relator do projeto.
“Houve uma consulta aos partidos. A maioria dos partidos que falaram — estavam quase todos presentes –, sinalizaram uma posição majoritária favorável a votar hoje, mas vai ser feita uma conversa”, disse ele, revelando que, até o final do dia, Arthur Lira deve consolidar uma posição e decidir se haverá votação no dia de hoje.
Bancada evangélica é contra o PL das Fake News
Assim como publicou o Brasil123, a cúpula da bancada evangélica está tentando promover uma estratégia que tem como foco aumentar o coro contra o Projeto de Lei das Fake News e, desta forma, angariar votos suficientes para barrar o projeto.
Para deflagrar o plano, a diretoria da Frente Parlamentar Evangélica decidiu dividir tarefas entre seus principais membros com o objetivo de inviabilizar a aprovação do PL. Em um primeiro momento, foi realizado um mapeamento de quem não compareceu na votação da urgência – este grupo virou alvo preferencial do grupo.
Em um segundo momento, foi criado uma lista com deputados que podem migrar o voto para “não”. Por fim, listou-se aqueles deputados que ficarão responsáveis por correr atrás dos votos contrários em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Em atualização
Leia também: Governo quer impedir deputado bolsonarista na CPMI do 08 de janeiro