Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou nesta terça-feira (13) que pretende colocar o texto da reforma tributária em votação no Plenário na primeira semana de julho, ou seja, antes do recesso parlamentar. Em entrevista ao portal da Câmara, Arthur Lira ressaltou que, embora ele não possa garantir a aprovação do texto, o seu compromisso será tratar o projeto com firmeza para que a Casa alcance o número mínimo para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC): 308 votos.
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“Queremos uma reforma que simplifique, que traga segurança jurídica, uma melhor qualidade nos gastos nas empresas, e tratamento de igualitário sem aumento de impostos”, que na segunda-feira (12), durante entrevista ao canal, “Globo News”, afirmou que a Casa não é obstáculo para nenhuma votação do governo.
Na ocasião, todavia, ele ressaltou que o desenho imaginado pelo Executivo para formação da base parlamentar não teve o rendimento esperado. “Não há interesse velado meu em nenhum outro objetivo a não ser fazer um bom papel para o País, o governo tem que construir sua maioria. Eu sou um facilitador”, afirmou Arthur Lira, que ainda reforçou que o Planalto tem que se esforçar para construir uma base parlamentar sólida.
Durante a entrevista, o parlamentar elogiou o papel de articulador que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem tendo desde que assumiu a pasta. “O que o Haddad faz? Conversa, negocia texto e é franco nas conversas, isso é articulação”, disse Arthur Lira, completando que “a política é a arte de conversar e negociar, e quando falta a conversa, tem-se dificuldade na articulação”.
Por fim, o presidente da Câmara dos Deputados tratou de criticar o que ele chamou de “narrativa sobre emendas e cargos no governo”. De acordo o chefe da Casa, não se pode chegar no dia de uma votação importante, como a votação da MP da reestruturação administrativa do governo e a administração federal liberar mais de R$ 1 bilhão em emendas e se fazer uma narrativa de que o Congresso votou porque as emendas foram liberadas. “As emendas eram impositivas e obrigatórias”, disse. “Achar que é achaque, é troca, essa narrativa está errada e não faz bem para o governo, não faz para o Congresso, para o País”, completou Arthur Lira.