Arthur Lira (PL), presidente da Câmara dos Deputados, liberou R$ 70 milhões aos cofres públicos para deputados que irão escolher, no próximo dia primeiro de fevereiro, o novo líder da Casa. De acordo com o jornal “Estado de S. Paulo”, em matéria publicada nesta quinta-feira (26), essa verba veio em forma de benefícios e seria uma tentativa de conseguir sua reeleição.
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Segundo o jornal, Arthur Lira, que visa obter uma “vitória acachapante” na Câmara, em menos de um mês, liberou aos colegas parlamentares:
- R$ 9 mil para que os deputados possam usar com combustível e R$ 4 mil para outras despesas, como auxílio-moradia;
- Um reajuste salarial de mais de R$ 7 mil a partir de abril, fazendo com que o salário dos deputados cheguem em R$ 41.650,92;
- Reajuste de 6% na quantidade de servidores da Câmara;
- Aumento de 6% da Verba de Gabinete para abarcar o aumento dos servidores – agora, cada deputado tem R$ 111.675,59 por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham em Brasília ou nos Estados;
- Reembolso de até quatro passagens áreas, de ida e volta, por mês. Isso, além da cota parlamentar;
- E ainda uma estrutura adicional de 65 comissionados e de cargos de natureza especial para Lideranças de Partidos Políticos e Federações Partidárias.
Outrora apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Arthur Lira conta hoje com o apoio do chefe do Executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de partidos que integram o Centrão. Até o momento, além de Arthur Lira, existe um candidato ao posto de presidente da Câmara, o deputado Chico Alencar (PSOL).
De acordo com o jornal, o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL) comunicou oficialmente ao presidente do seu partido, Valdemar Costa Neto, que quer concorrer à Presidência da Câmara. No entanto, a previsão é que a candidatura do apoiador de Bolsonaro não abale o favoritismo de Arthur Lira, que visa se tornar o candidato mais bem votado da história da Câmara.
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