Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou nesta terça-feira (21) que não vê problema na abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a Petrobras em um ano de eleição. Assim como vem publicando o Brasil123, o movimento em prol da CPI da empresa acontece por conta dos recentes aumentos da empresa, que reajustou o valor da gasolina em 5,2% e o do diesel em 14,2%.
Essa comissão é apoiada por integrantes do governo, como o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que afirmou no final de semana que iria “para cima” da estatal, que “traiu” o Brasil ao aumentar novamente o preço dos combustíveis.
Nesta terça, Arthur Lira disse que “os partidos estão conversando, cada um com seu convencimento, os líderes vão conversar com seus deputados, para dar respaldo ou não a esse pedido. E CPI é lícito e normal. A formatação feita por qualquer deputado ou qualquer partido”.
“Com relação a isso, nós temos só o regimento para cumprir com relação às possibilidades de como venha, se tiver com todos os embasamentos, assinaturas necessárias, fato determinado, teria a instalação”, completou o presidente da Câmara em entrevista a jornalistas.
Levando em consideração o regimento da Casa, o grupo, composto por apoiadores de Bolsonaro precisa de pelo menos 171 parlamentares para a instauração da CPI – assim como publicado, o PT afirmou que não apoiará a iniciativa.
“Os partidos estão cada um com seu convencimento, vão conversar com seus deputados para dar respaldo à CPI. Com relação a isso, nós temos só o regimento para cumprir com relação às possibilidades de como vem, assinaturas necessárias e fatos determinados e sua devida instalação”, afirmou Arthur Lira.
Na segunda (20), o mesmo parlamentar, em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, disse que a presidência da Petrobras foi “sequestrada por um presidente ilegítimo”. A fala foi feita em alusão a Mauro Coelho, que renunciou ao cargo após os aumentos.
“A grande questão da Petrobras hoje é que ficou escancarada sua dupla face: quando quer ganhar tratamento privilegiado do Estado brasileiro, a empresa se apresenta como uma costela estatal”, disse Arthur Lira. “Mas, na hora em que lucra bilhões e bilhões em meio à maior crise da história do último século, ela grita o coro da ‘governança’ e se declara uma capitalista selvagem. Chegou a hora de tirar a máscara da Petrobras”, completou o presidente da Câmara.
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