Números revelados nesta terça-feira (22) pela Receita Federal mostram que a arrecadação do governo federal fechou julho de 2023 em R$ 201 bilhões, o que representa retração real de 4,2% em relação ao montante registrado no mesmo período de 2022.
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Conforme a entidade, os valores registrados no mês em questão foram corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Dessa forma, no período acumulado de janeiro a julho de 2023, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1,3 trilhão. Por conta disso, constata-se que existe um decréscimo de 0,39% na comparação com 2022.
De acordo com a Receita Federal, o resultado da arrecadação foi influenciado por conta de alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos, especialmente de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), tanto em 2022 quanto em 2023.
O IRPJ e a CSLL totalizaram uma arrecadação de R$ 47 bilhões, com decréscimo real de 14,90%. “Sem considerar os fatores não recorrentes acima, haveria um crescimento real de 4,69% na arrecadação do período e de 1,35% na arrecadação do mês de julho”, afirmou em nota a Receita Federal. Esse foi o segundo mês seguido de retração na arrecadação do governo federal comandado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em junho de 2023, houve decréscimo real de 3,37% em relação a junho do ano passado.
Na semana passada, Fernando Haddad já havia comentado sobre o risco de uma queda na arrecadação. Durante entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, do portal “UOL”, o ministro havia relatado sobre a importância do início do corte de juros pelo Banco Central – que reduziu a taxa de 13,75% para 13,25% ao ano no começo de agosto.
Na ocasião, o ministro relatou que, caso a taxa não fosse reduzida, o Brasil enfrentaria um grave problema na economia, revertendo, desta forma, os bons números econômicos relatados no país no primeiro semestre deste ano.
“Esse corte de meio [ponto dos juros], do ponto de vista técnico, se não viesse iríamos ter um problema grave na economia. Pois em julho a arrecadação despencou no país inteiro”, declarou o Fernando Haddad na ocasião. Hoje, de acordo com economistas, o início do ciclo de corte da taxa Selic vai gerar uma economia de até R$ 100 bilhões nos gastos com juros da dívida pública e possibilitar um crescimento menor na dívida pública brasileira.
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