A Receita Federal informou nesta terça-feira (27) que a arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais somou R$ 149,102 bilhões em setembro deste ano. A saber, este é o maior nível para um mês de setembro desde 1995, ano em que a série histórica teve início.
Em resumo, houve uma alta real de 12,87% na comparação com o mesmo mês de 2020, quando a arrecadação atingiu R$ 132,103 bilhões. Aliás, vale ressaltar que o levantamento faz a correção da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O crescimento em um ano aconteceu porque a pandemia da Covid-19 afetou fortemente o Brasil no ano passado, assim como todo o planeta. A propósito, a arrecadação em setembro dos últimos nove anos nunca superou os R$ 140 bilhões. O valor mais alto nesse intervalo de tempo, excluindo o resultado deste ano, é a arrecadação em setembro de 2014 (R$ 135,112 bilhões).
Veja mais detalhes da arrecadação em 2021
De acordo com a Receita Federal, a arrecadação acumulada entre janeiro e setembro totalizou R$ 1,348 trilhão. Segundo a Receita Federal, a arrecadação registrada em setembro ainda não refletiu o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), cuja validade foi o dia 20 daquele mês. Isso porque os bancos fazem o repasse ao Fisco a cada dez dias.
A Receita ainda citou a queda de 0,54% da produção industrial do país em setembro como limitador de uma arrecadação mais robusta. Em contrapartida, o órgão também destacou o crescimento de 16,7% das vendas do setor de serviços e de 12,55% do volume das notas fiscais eletrônicas.
“O resultado da arrecadação em setembro, e no acumulado do ano, reforçam as evidências sobre a recuperação da economia, que vem se refletindo na arrecadação tributária em todos os meses desde agosto de 2020. O desempenho vem sendo positivo há mais de um ano, reflexo da recuperação da economia”, disse o secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto.
Por fim, a Receita Federal citou os fatores não recorrentes, que não acontecerão em outros anos, como principais responsáveis pela alta arrecadação em agosto. O recolhimento de R$ 31 bilhões em Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) superou em muito o valor de agosto do ano passado (R$ 5,3 bilhões).
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