A Secretaria da Receita Federal informou nesta quarta-feira (25) que a arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais chegou a R$ 171,270 bilhões em julho deste ano. A saber, este é o maior nível para um mês de julho desde 1995, ano em que a série histórica teve início.
Em resumo, houve uma alta real bastante expressiva de 35,47% na comparação com o mesmo mês de 2020, quando a arrecadação atingiu R$ 115,99 bilhões. Aliás, vale ressaltar que há desconto da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A disparada na comparação anual aconteceu porque a pandemia da Covid-19 afetou fortemente as economias mundiais, e não foi diferente no Brasil. A propósito, a arrecadação em julho de 2020 foi a menor para o mês dos últimos 11 anos. Ainda assim, superou o resultado dos meses anteriores, mais afetados pela crise sanitária.
Veja mais detalhes da arrecadação em 2021
De acordo com a Receita Federal, a arrecadação acumulada entre janeiro e julho totalizou R$ 1,053 trilhão. Isso representa um crescimento de 26,11% em relação ao mesmo período de 2020. Ainda segundo a Receita, indicadores macroeconômicos como a produção industrial, a venda de bens e o setor de serviços impulsionaram o resultado da arrecadação neste ano.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou os dados apresentados pela Receita Federal, exaltando a recuperação da economia brasileira. Além disso, Guedes reforçou a aprovação da reforma tributária, cuja proposta segue em tramitação no Congresso Nacional.
“Se, por um lado, a arrecadação tem esse ritmo acelerado, por outro lado, nós gostaríamos de transformar tudo isso em um estímulo à simplificação dos impostos e melhorar a equidade (…). E transformarmos esse crescimento econômico desse ano, extraordinariamente rápido, gostaríamos que essa recuperação virasse um crescimento sustentável”, disse Guedes.
Por fim, a Receita Federal citou os fatores não recorrentes, que não ocorrerão em outros anos, como impulsionadores dos resultados em julho. O recolhimento de R$ 24 bilhões em Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) superou em muito o valor de junho (R$ 4 bilhões) e de julho de 2020 (R$ 2,8 bilhões).
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