A Secretaria da Receita Federal informou nesta terça-feira (29) que a arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais somou R$ 148,7 bilhões em fevereiro deste ano. A saber, o valor é recorde para o mês de fevereiro desde 1995, quando a série histórica da Receita teve início.
Em resumo, houve uma alta real de 5,27% na comparação com o mesmo mês de 2021, quando a arrecadação atingiu R$ 141,2 bilhões. Aliás, vale ressaltar que o levantamento faz a correção da inflação oficial do país pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A propósito, a arrecadação em fevereiro foi beneficiada principalmente por dois fatores. O primeiro deles foi a arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que totalizou R$ 4,5 bilhões no mês. Esse valor superou em 26,28% o montante registrado em fevereiro de 2021. E isso ocorreu devido à expansão das operações de créditos e de câmbio.
O segundo fator que impulsionou os números em fevereiro foi a arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre capital. Em suma, o governo arrecadou R$ 5 bilhões em fevereiro com este imposto, crescimento real de 57,77% em relação ao mesmo mês de 2021. Nesse caso, o aumento dos de fundos e títulos da renda fixa explicam essa forte expansão da arrecadação.
Veja mais detalhes da arrecadação em 2020
De acordo com a Receita Federal, a arrecadação acumulada no primeiro bimestre de 2022 totalizou R$ 386,3 bilhões. Segundo a Receita Federal, isso corresponde a uma alta real de 12,92% na comparação com os dois primeiros meses de 2021. Aliás, o valor também bateu recorde e é o maior para o período desde 1995.
A Receita citou fatores não recorrentes, que não irão ocorrer em outros anos, como grandes responsáveis pela arrecadação expressiva em 2022. A saber, o recolhimento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) totalizou R$ 110,2 bilhões em fevereiro, crescimento real de 22,36%.
Da mesma forma, a arrecadação de PIS/Cofins também cresceu no mês (6,68%), para R$ 32 bilhões. Em resumo, o crescimento ocorreu devido ao bom desempenho do setor financeiro e do setor de combustíveis do país.
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