A Receita Federal informou nesta quinta-feira (23) que a arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais chegou a R$ 146,463 bilhões em agosto deste ano. A saber, este é o maior nível para um mês de agosto desde 1995, ano em que a série histórica teve início.
Em resumo, houve uma alta real de 7,25% na comparação com o mesmo mês de 2020, quando a arrecadação atingiu R$ 136,556 bilhões. Aliás, vale ressaltar que há correção da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O crescimento em um ano aconteceu porque a pandemia da Covid-19 afetou fortemente o Brasil no ano passado, assim como todo o mundo. A propósito, a arrecadação em agosto dos últimos nove anos só passou dos R$ 140 bilhões em 2021 após correção do IPCA.
Veja mais detalhes da arrecadação em 2021
De acordo com a Receita Federal, a arrecadação acumulada entre janeiro e agosto totalizou R$ 1,199 trilhão. Em valores corrigidos pela inflação, o valor chega a R$ 1,232 trilhão. Isso representa uma alta real de 23,53% em relação ao mesmo período de 2020 (R$ 997,785 bilhões). Esse também é o novo recorde de arrecadação para o período da série histórica.
Ainda segundo a Receita, indicadores macroeconômicos como a produção industrial, a venda de bens e o setor de serviços vem impulsionando o resultado da arrecadação no ano. Ao mesmo tempo, o recolhimento atípico de impostos somaram aproximadamente R$ 5 bilhões. Já as compensações de tributos por determinadas empresas caíram de R$ 19,718 bilhões em julho para R$ 13,509 bilhões em agosto.
Por fim, a Receita Federal citou os fatores não recorrentes, que não acontecerão em outros anos, como principais responsáveis pela alta arrecadação em agosto. O recolhimento de R$ 29 bilhões em Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) superou em muito o valor de agosto do ano passado (R$ 2,8 bilhões).
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