Nesta quinta-feira, dia 21 de julho, o procurador geral da república, Augusto Aras, divulgou um vídeo passado, em que o próprio, em debate com jornalistas internacionais, diz que não aceitará os comentários de Jair Bolsonaro, tais como a “alegação de fraude” sobre as eleições no Brasil.
Apesar disso, Augusto Aras evita realizar críticas ao presidente. A conversa do vídeo foi gravada no dia 11 de julho, uma semana antes de Bolsonaro encontrar embaixadores no Palácio da Alvorada, onde realizou diversos discursos que procuram abalar o sistema político brasileiro, tão reconhecido no exterior por sua excelência.
Aras e o tal vídeo
O tal vídeo também explicita alguns posicionamentos: “As instituições existem para intermediar e conciliar os sagrados interesses do povo, reduzindo a complexidade das relações entre governantes e governados”, disse o procurador geral, Augusto Aras.
Além disso, aparece no vídeo um trecho da entrevista aos jornalistas de outros países, no qual Aras ressalta a “lisura” das eleições no país.
“Nós aqui não aceitamos a alegação de fraude, porque nós temos visto o sucesso da urna eletrônica, ao longo dos anos, especialmente, no que toca à lisura dos pleitos”, afirmou Aras na gravação.
O procurador geral também disse que não acredita que o Brasil seja um ator de mais um “6 de janeiro”, evento que ficou conhecido a confusão com o ex-presidente norte americano, Donald Trump, e seus eleitores ao invadir o Congresso dos Estados Unidos por não concordarem com o resultado das eleições locais.
Segundo o procurador, o candidato que ganhar as eleições do povo, as eleições democráticas, tomará posse. Ele ainda acrescenta dizendo que quando a inflação sofre ataques como vem sofrendo neste período, ela só sairá mais fortalecida nesse embate político.
Os procuradores e a manifestação
Na última terça-feira, dia 19 de julho, mais de 40 procuradores que atuam na área dos direitos humanos e fundamentais do Ministério Público Federal enviaram ao senhor Augusto Aras um pedido para que Bolsonaro seja investigado pelos ataques sem fundamentos ao sistema eleitoral.
O documento foi assinado pelas procuradorias regionais do Direito do Cidadão dos 26 estados e do Distrito Federal, além do chefe da procuradoria federal da mesma área. Subprocuradores da República, que ocupam os principais cargos da estrutura do MPF, também emitiram nota pública.
Além disso, no texto, os procuradores salientam que as afirmações e condutas tidas pelo então presidente Jair Messias Bolsonaro ao convocar vários embaixadores para compartilhar informações falsas, fere a constituição como um crime eleitoral e abala ainda mais o clima perto das eleições presidenciais.
Os procuradores sempre estão a par da situação política do Brasil, são extremamente necessário para o funcionamento das eleições desde a redemocratização do Brasil, pós ditadura militar. Além disso, integram outros setores e cidades das mais variáveis distâncias desse país.