A aquisição de peças de couro pelos curtumes cresceu 2,6% no segundo trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. A saber, os curtumes declararam ter recebido 7,51 milhões de peças de couro no período. O nível também ficou superou o observado nos três primeiros meses deste ano (6,2%).
Embora a aquisição de couro tenha crescido tanto na comparação trimestral quanto na anual, o nível continua próximo ao de 2013. O que explica o resultado ainda pouco expressivo é a restrição de animais para o abate, assim como ocorreu no trimestre anterior. A propósito, curtumes são os estabelecimentos onde ocorre o processamento do couro bovino cru.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela Pesquisa Trimestral do Couro, divulgou as informações na última sexta-feira (10). Em suma, o levantamento se iniciou em 1997 e “investiga informações sobre a quantidade de couro cru de bovino adquirida e curtida”, segundo o IBGE.
De acordo com a pesquisa, Mato Grosso continuou na primeira posição do ranking nacional de aquisição de peças de couro. A saber, o estado respondeu por 16,3% da obtenção de couro do país no trimestre. Em seguida, ficaram: Mato Grosso do Sul (13,5%) e Paraná (11,6%), que ultrapassou São Paulo (10,7%) no ranking.
Pico do período aconteceu em março
Além disso, a pesquisa do IBGE revelou que a aquisição de couro cresceu em nove das 19 Unidades da Federação com curtumes pesquisados. Os destaques positivos foram Paraná (+109,83 mil peças), Rio Grande do Sul (+97,98 mil), Pará (+52,13 mil) e Mato Grosso (+42,07 mil). Em contrapartida, os maiores tombos vieram de Rondônia (-154,98 mil), Goiás (-25,55 mil) e São Paulo (-17,41 mil).
Em resumo, houve 191,79 mil peças de couro a mais no segundo trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Por fim, a Pesquisa Trimestral do Couro faz o levantamento de dados de unidades de coleta que realizam curtimento de, pelo menos, cinco mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.
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