As mulheres que contribuem para a Previdência Social por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devem se atentar, pois a idade mínima para a aposentadoria será alterada em 2022. A mudança está vinculada às novas normas impostas pela reforma da previdência, promulgada em novembro de 2019.
Antes da reforma da previdência a aposentadoria para mulheres era liberada por meio da idade mínima de 60 anos. Após a promulgação, o tempo passou a aumentar seis meses a cada ano. Portanto, em 2022 será necessário que as mulheres tenham, pelo menos, 61 anos e seis meses de idade para se aposentar.
No entanto, a idade mínima não é o único requisito para obter a aposentadoria, pois também é necessário possuir um tempo mínimo de 15 anos de contribuição junto ao INSS. É importante explicar que a menção feita acima de 61 anos e seis meses se refere às mulheres que residem na área urbana. Se tratando de trabalhadores da zona rural e portadoras de deficiência física ou mental, é preciso ter 15 anos de contribuição e 55 anos de idade.
Mas esta não é a única novidade, pois de janeiro a dezembro de 2022, os segurados do INSS receberão a aposentadoria e outros benefícios com base em novos valores. O reajuste é feito junto com o salário mínimo, que poderá ser de R$ 1.210 de acordo com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que já chegou a 10,04%.
Assim, o valor máximo dos pagamentos do INSS serão alterados de R$ 6.433 para R$ 7.076 se tratando do teto previdenciário. O piso equivale ao salário mínimo oficial. Portanto, os aposentados e pensionistas do INSS não terão um aumento real nos benefícios em 2022, assim como os trabalhadores.
Vale mencionar que, obviamente, os homens não ficam de fora deste cenário. Mas no caso deles, a reforma da previdência estabeleceu que o direito à aposentadoria deve ser concedido aos 65 anos de idade junto a 15 anos de contribuição. Esta é a regra para os homens que já contribuíam antes da mudança nas regras.
Em contrapartida, os homens que começaram a contribuir após a reforma da previdência devem reunir 20 anos de contribuição até os 65 anos de idade, no mínimo. Mas o foco continua nas mulheres, cuja reforma levou em consideração a longevidade da população brasileira e o déficit de contribuintes ativos do INSS que pagam os benefícios dos atuais aposentados.
Este déficit está relacionado ao elevado número de brasileiros desempregados, bem como ao crescimento do subemprego e a redução dos trabalhadores com carteira assinada. Em caso de dúvidas sobre qual o tempo restante de contribuição para conquistar a aposentadoria, o trabalhador pode fazer uma simulação por meio do portal Meu INSS.