Diagnosticado com a doença de Parkinson em estágio inicial, o que “requer um período de adaptação à medicação”, o senador por São Paulo, José Serra (PSDB-SP), anunciou, nesta terça-feira (10) que vai se licenciar de sua cadeira pelos próximos quatro meses para realizar seu tratamento médico.
O anúncio, feito por meio de uma nota, ainda revelou que a doença foi descoberta na última semana após o senador ter passado por avaliações neurológicas. Além do tratamento para a doença já citada, José Serra, que tem 79 anos, também cuidará de um distúrbio de sono que vem sofrendo há algum tempo.
“O parlamentar encontra-se em bom estado de saúde, mas optou pelo afastamento para que seu suplente, José Aníbal, possa assumir, sem deixar a cadeira de senador por São Paulo em vacância durante o período do tratamento experimental. A decisão também evitará eventuais paralisações no andamento dos projetos em favor do país”, afirmou o comunicado.
José Serra tem enfrentado seguidos problemas de saúde nos últimos meses. Prova disso é que, assim como publicou o Brasil123, no último mês de junho, o político esteve internado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo após ser diagnosticado com a Covid-19.
Mesmo assintomático, ele cumpriu quarentena no hospital, que identificou uma pneumonia leve no senador. No mês seguinte, ele precisou ser submetido a um cateterismo e teve que colocar um stent em uma das artérias do coração, tendo alta quatro dias depois.
Quem assume a vaga de José Serra
De acordo com a assessoria do senador, caberá ao ex-deputado federal José Aníbal (PSDB-SP) assumir o posto deixado por José Serra durante o período afastado. Segundo o comunicado, Anibal já havia ocupado a função quando Serra assumiu o cargo de ministro das Relações Exteriores do governo Michel Temer (MDB).
Por fim, o comunicado da assessoria de José Serra elenca os feitos do senador durante o tempo em que vem ocupando o cargo. “Foram 26 projetos aprovados na Casa – dos quais, 11 já viraram lei -, e tem mais 47 proposições aguardando votação no Senado e 16 na Câmara”, disse a nota, que afirmou que o político “está seguro de que, ao final desse período, retomará suas atividades com toda a disposição e proatividade que vêm pautando sua atuação no Senado desde 2015”.
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