A Magazine Luíza conseguiu dobrar o número de contratados negros em seu processo de trainee este ano. É aquele mesmo processo que deu muita polêmica porque a empresa só abriu seleção para trabalhadores negros.
A polêmica aconteceu no último mês de setembro. Nas redes sociais muita gente condenou a prática. Eles afirmaram que esta seria uma “prática racista”. Por outro lado, muita gente aplaudiu a empresa e disse que esse seria um ato de “reparação histórica”.
Toda a situação foi parar na Justiça. Muita gente entrou com processos para que a empresa não fosse para frente com a ideia. Mas na prática ninguém impediu. O próprio Ministério Público do Trabalho (MPT) disse não existir erro nesta situação.
Três meses depois, o processo acabou. O número de inscritos foi recorde. Cerca de 22,5 mil trabalhadores negros se inscreveram para o processo. No ano anterior, quando o processo aceitava brancos, o número de inscritos bateu a marca dos 18 mil.
A impressão que fica é que toda a polêmica acabou ajudando a empresa. Eles conseguiram trazer mais gente para fazer o processo e deixaram o nome da Magalu em evidência por um bom tempo. Dos 22,5 mil inscritos, a empresa selecionou 19.
Negros na empresa
Em 2019, quando a empresa aceitava brancos para esses cargos, eles contrataram apenas 12. Este ano a ideia era contratar 10. Mas a própria empresa afirmou que 19 deles eram candidatos muito bons e por isso decidiu contratar todos eles.
A diretora executiva de gestão de pessoas da Magalu, Patrícia Puges, comentou o processo. “Gente boa a gente quer, ainda mais para cumprir um propósito que, para nós, é relevante, de ajustar a diversidade racial na liderança”, disse ela.