Recentemente, o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), fez um apelo para a população, pedindo para que todos adotassem o “uso consciente” da energia, chegando a dizer para as pessoas tomarem banho gelado. Todavia, no mesmo período, informou o portal “UOL” nesta segunda-feira (11), o consumo de energia da Presidência da República subiu 5,2% entre junho e agosto de 2021, na comparação com o ano anterior.
De acordo com a publicação, a Presidência da República inclui o complexo do Palácio do Planalto, local de trabalho de Bolsonaro e também as residências oficiais localizadas no Palácio da Alvorada e Granja do Torto.
Em julho, assim como publicou o Brasil123, além de Bolsonaro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, “convidou” a população a fazer um esforço para evitar o desperdício no consumo de energia.
Na ocasião, ele afirmou que, “para aumentar nossa segurança energética, é fundamental que, além dos setores do comércio, de serviços e da indústria, a sociedade brasileira participe desse esforço, evitando desperdícios no consumo de energia elétrica”.
A fala do ministro aconteceu na ocasião em que ele admitiu o agravamento da crise elétrica. Com isso, na oportunidade, ele chegou a exemplificar como os consumidores poderiam ajudar.
“Todos podem ajudar com atitudes simples como desligar as luzes e aparelhos que não estão em uso, aproveitando mais a luz natural, reduzindo a utilização de equipamentos que consomem muita energia como chuveiros elétricos, condicionadores de ar e ferros de passar”, afirmou.
Já em setembro, foi a vez de Bolsonaro, em uma live nas redes sociais, pedir que a população “apague uma luz em casa” para economizar energia. Além disso, ele também sugeriu o já citado banho frio e também que as pessoas evitassem o uso de elevadores.
Apesar de todos os conselhos, o governo não fez a lição de casa e, em vez de reduzir o consumo de 10% a 20%, como era o programado, o consumo nas dependências do Executivo aumentou quase 6%.
Por fim, mesmo com o aumento, em nota, o governo reiterou que a intenção é buscar reduzir o consumo de energia elétrica até abril de 2022 em percentuais de 10% a 20% em relação à média do consumo do mesmo mês nos anos de 2018 e 2019.
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