Mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro colocou em cheque a segurança das urnas, Bolsonaro convidou alguns diplomatas para uma reunião onde mais uma vez falou sobre suas teorias de conspiração que já foram diversas vezes desmentidas por autoridades. Contudo, o presidente segue insistindo com sua estratégia de atacar as urnas.
Com isso, pouco tempo depois de suas declarações, o ministro Edson Fachin, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral e também ministro do Supremo Tribunal Federal, rebateu as alegações do chefe do Executivo durante uma Palestra no Paraná. Nesse sentido o ministro disse o seguinte:
“A Justiça Eleitoral está preparada e realizará eleições de forma limpa, transparente e auditável. Há um inaceitável negacionismo eleitoral por parte de personalidade pública importante em um país democrático”
Fachin considera o caso como bastante grave
Bastante irritado, Fachin disse que o caso é bastante grave e condenou a postura adotada pelo presidente Bolsonaro, ainda segundo suas palarvas o mesmo destacou que: “É muito grave a acusação de fraude e de má-fé a uma instituição, mais uma vez, sem prova alguma. Precisamos nos unir e não aceitar a razão de tanto ataque institucional e ataques pessoais”
Além disso, Fachin voltou a defender que as forças armadas representam o Estado e não um governo como por vezes o presidente busca parecer. Com isso, Fachin alega ainda que as palavras de Bolsonaro: “São sinais que atentam contra a independência dos Poderes e procuram abolir com violência física, simbólica ou verbal a pluralidade, a tolerância e a liberdade”
“a união da sociedade no combate ao negacionismo”: “É importante a sociedade civil e o cidadão entenderem que esse tipo de desinformação, como a de hoje, pode continuar, uma vez que ao negacionismo não interessa as provas incontestes e os fatos. Portanto, precisamos nos unir e não aceitar sem questionarmos a razão de tanto ataque.”
Tensão e ataques consecutivos de Bolsonaro
Desde que fora eleito, Bolsonaro segue sua estratégia de desacreditar a segurança das urnas, insistindo que o sistema de votação é frágil, Bolsonaro aponta que deveria ter ganho em 2018 no primeiro turno. Com isso, o mesmo alega que as urnas que o elegeram naquele ano foram fraudadas.
Além disso, o presidente segue colocando lenha na fogueira ao pedir que os militares façam uma apuração paralela na contagem de votos. Nesse sentido, o ministro da defesa, Paulo Sérgio Nogueira, chegou a comentar que os militares se sentem “desprestigiados” segundo suas próprias palavras, pela Justiça Eleitoral.
Fachin rebateu tais argumentos: “Em meio a um debate desvirtuado e a um clima comunicativo nitidamente adoecido, é preciso recusar a cólera, promover diálogos racionais e ponderados, focar nos verdadeiros problemas. O processo eletrônico de votação é seguro e transparente, as eleições brasileiras permitem, de fato, a circulação do poder em consonância com a autêntica vontade popular”
Por fim, Fachin pediu ajuda no combate as fake news e sem citar o nome do presidente Bolsonaro, Fachin alegou que uma autoridade importante estaria espalhando inverdades, pedindo assim que as pessoas se atentem a isso para que não espalhem esse tipo de afirmação.