O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou uma nota nesta segunda-feira (13) afirmando que “a contagem simultânea de votos já é possível há várias eleições”. A afirmação vem após o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter colado novamente o processo eletrônico de votação em dúvida.
Presidente do TSE defende o diálogo e diz ter ‘elevada’ consideração pelas Forças Armadas
Na ocasião, em entrevista concedida nesta segunda à “CBN” de Recife, no Pernambuco, Bolsonaro insistiu em uma apuração paralela feita pelas Forças Armadas, em uma medida que já foi rejeitada pelo TSE.
No comunicado do TSE, o tribunal não mencionou o nome de Bolsonaro, que além de ter defendido a ideia, também já afirmou que a contagem de votos no Tribunal acontece em uma sala de contagem secreta que totaliza os votos do pleito, algo desmentido pela Justiça Eleitoral.
Em seu comunicado, o TSE afirmou que implementou novidades para o pleito, como a publicação dos Boletins de Urna (BU) logo após o encerramento da votação. Segundo o tribunal, este documento será impresso por cada uma das urnas eletrônicas. Nele, constarão todos os votos depositados naquela urna eletrônica.
“Trata-se, portanto, de ferramenta que permitirá a qualquer pessoa ou instituição fazer contagem simultânea de votos. Para isso, é preciso ter acesso à internet, onde estarão disponibilizados os arquivos dos BUs das seções eleitorais”, explicou o TSE.
Ainda conforme a Corte, com esses arquivos, será possível conferir os resultados de cada seção eleitoral, disponibilizados em seu formato original. “Isto é, sem processamento adicional, o que assegura a origem e a total integridade em relação aos dados emitidos pelas urnas eletrônicas”, afirma na nota o órgão.
De acordo com o tribunal, todas as medidas, que são voltadas para garantir ainda mais transparência e segurança nas Eleições 2022, estão sendo amplamente divulgadas pelo portal do TSE e pela imprensa, levando assim a crer, segundo a Corte, que questionamentos sobre o assunto acontecem “apenas por desconhecimento técnico ou por motivações políticas”.
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