Nos últimos dias, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem manifestado a assessores do governo a intenção de reduzir o ritmo de viagens internacionais no segundo semestre deste ano. De acordo com informações reveladas pelo canal “CNN Brasil” neste domingo (21), o chefe do Executivo tem destacado que, na segunda parte do ano, será o momento de priorizar a agenda doméstica, sobretudo a articulação política com o Congresso Nacional e também o lançamento de políticas para tentar reaquecer a economia.
Ainda conforme o canal, Lula pretende pedir que Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, o represente em algumas agendas externas nos próximos meses, dando, desta forma, mais tempo ao petista para que ele possa se dedicar às iniciativas federais. Apesar do desejo de diminuir o ritmo de viagens, Lula tem destacado que é imprescindível sua participação em três eventos internacionais, sendo eles:
- O encontro do BRICS, em agosto, na África do Sul;
- A reunião da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, nos Estados Unidos;
- E a COP 28, em novembro, nos Emirados Árabes.
Já nas demais viagens internacionais, a tendência é mesmo que Lula seja representado por Geraldo Alckmin. Na semana passada, inclusive, Lula havia dito que seu vice poderia iniciar a programação para viagens ao exterior, visto que, até o momento, ele tem concentrado as suas atividades no Brasil.
Lula é aconselhado a “desacelerar”
No começo da semana, o Brasil123 publicou que Lula tem reclamado de dores na região do quadril, podendo ter que passar por um procedimento cirúrgico ainda neste ano. Segundo as informações, o petista está sendo tratado para as dores na parte superior do fêmur. Isso, de acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, desde março, sendo que ainda não existe a definição se é um quadro cirúrgico, mas a possibilidade não está descartada.
Nesse sentido, a expectativa é que Lula seja reavaliado na semana que vem, quando ele volta de sua viagem para a Japão. Segundo o portal “g1”, pessoas próximas de lula já dão a cirurgia como certa – no entanto, pesa a complexidade de um procedimento na região do quadril e também o tempo de recuperação, visto que o chefe do Executivo tem 77 anos.
Hoje, aliados de Lula afirmam que o pedido é que o petista diminua o ritmo. Segundo essas pessoas, até mesmo a primeira-dama, Janja da Silva, tem aconselhado o marido a desacelerar. Além das horas no Palácio do Palácio, Lula tem acumulado viagens. Por exemplo, somente nos últimos 45 dias, ele foi a:
- 5 países: China, Emirados Árabes, Portugal, Inglaterra e Japão;
- 3 estados: São Paulo, Bahia e Ceará.
Essas viagens internacionais são o principal foco para a redução, mas conforme citado, Lula pretende reduzir a quantidade de idas ao exterior, se concentrando mais às agendas internas e abrindo exceções somente para o encontro dos Brics, para o G20 e para a Assembleia Geral da ONU.
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