A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta sexta-feira (05), o encerramento da emergência declarada para a Covid-19, após mais de três anos do início oficial da pandemia, que matou milhões de pessoas ao redor do mundo.
Ao comentar a notícia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lembrou que a pandemia ainda não acabou – nesse sentido, além de pedir que a população se vacine contra a doença, o petista criticou o negacionismo que, segundo o chefe do Executivo, custou vidas.
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“Depois de três anos, hoje, finalmente podemos dizer que saímos da emergência sanitária pela Covid-19. Infelizmente, o Brasil passou da marca de 700 mil mortos pelo vírus. E acredito que ao menos metade das vidas poderiam ter sido salvas se não tivéssemos um governo negacionista”, escreveu Lula em sua conta no Twitter.
Ainda na postagem, o chefe do Executivo ressaltou que o governo federal tem como objetivo incentivar a ciência e também as campanhas de vacinação. “Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou. Tomem as doses de reforço e não deixem de ter o esquema vacinal sempre completo. E o governo federal irá incentivar a saúde, ciência e pesquisa no nosso país. Irá atuar para preservar vidas”, completou o presidente.
OMS decreta o fim do estado de emergência
O fim do estado de emergência por conta da pandemia da Covid-19 foi anunciado pelo diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta sexta. Em entrevista ao portal a OMS, K. Srinath Reddy, que liderou a Fundação de Saúde Pública da Índia durante a pandemia, destacou que a decisão foi apropriada devido aos altos níveis globais de imunidade à Covid-19, induzida por vacinação ou infecção, ou ambas.
“Já não possui o mesmo nível de perigo”, afirmou ele, completando ainda que a Covid “atingiu um nível de equilíbrio, um certo tipo de coexistência com o hospedeiro humano”. Reddy também afirmou que o fim do estado de emergência também deve ser apreciado como um momento de conquista humana e também uma “celebração da ciência”.
“É importante reconhecer que o que fez o vírus mudar de caráter não foi apenas a biologia evolutiva”, disse ele, ressaltando, todavia, o fato de que o induzimos a se tornar menos virulento, por vacinação, por máscaras, por uma série de medidas sanitárias.
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