Após a Câmara dos Deputados aprovar o texto-base do Projeto de Lei 2703/22, a conta de luz pode ficar mais pesada nos bolsos dos brasileiros. Esse projeto prorrogou os subsídios para quem gera sua própria energia.
Dessa forma, segundo a Abradee (Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica), as contas serão impactadas em cerca de R$188 bilhões até o ano de 2045.
Na última terça-feira (06), o texto aprovado prorrogou o prazo final por mais seis meses para a instalação de minigeradores e microgeradores de energia fotovoltaica com isenção de taxas na rede de distribuição. Contudo, a decisão ainda será analisada no Senado Federal e as isenções podem valer até 2045.
Desse mesmo modo, através de um trecho específico dos deputados, eles determinaram que as térmicas de gás sejam substituídas por PCH (hidrelétricas), estendendo também o direito a isenção de taxas. Segundo a Abradee, esse detalhe terá um custo adicional de R$79 bilhões ao projeto.
Nesse sentido, o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, afirmou que a mudança está sendo tão drástica que está sendo chamada de “jabuti mutante”. Isso, porque quando algo não tem relação com a proposta é chamado de jabuti.
Para ele, a proposta é injusta, afinal de contas, cobra um valor adicional na conta de luz do mais pobre por algo que só favorece a classe mais rica.
Qual será o impacto na conta de luz?
Embora o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia seja contra a proposta, a Abradee defendeu o projeto. Segundo ela, o país terá uma economia de R$13 bilhões.
O relator do substitutivo do projeto, deputado Beto Pereira (PSDB-MS), por sua vez, afirma que esse incentivo em microgeradores irá trazer maiores investimentos de energia renovável ao país.
Em suma, em 2023 o valor da conta de luz pode subir até 14,3% em alguns estados brasileiros. Isso, segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Como ter uma economia na conta de luz?
Apesar de tudo isso, algumas práticas diárias podem contribuir com a economia de energia elétrica, diminuindo o valor da conta de luz. Dessa forma, os brasileiros conseguirão reduzir em parte os impactos causados pelo aumento. Confira:
Aproveitar a iluminação natural
Embora em algum momento do dia seja necessário acender as luzes, aproveitar ao máximo a iluminação natural é excelente para reduzir custos na conta de luz. Para isso, abrir janelas e cortinas pode ser o ideal.
Trocar as lâmpadas diminui a conta de luz
Alguns modelos e lâmpadas podem consumir mais energia que outros. Com isso, trocar as lâmpadas por aquelas que sugam menos energia é outro ponto fundamental.
O ideal são as lâmpadas de LED que são 80% mais econômicas do que as incandescentes e 30% mais econômicas do que as fluorescentes.
Retirar os aparelhos da tomada quando não tiver usando
No momento em que os aparelhos não estiverem em uso, retirá-los da tomada pode ser uma ótima ideia. Na lista dos aparelhos que mais sugam energia estão a TV e o micro-ondas.
Dessa forma, nos momentos em que não há a necessidade de estarem conectados, a melhor alternativa é desligar na tomada e poupar energia.
Diminuir o uso de chuveiro elétrico e máquina de lavar roupas
Embora ambos sejam muito usados, diminuir um pouco a frequência pode ser o ideal. Nos dias quentes, por exemplo, a dica é tomar banhos mais frios ou banhos mais rápidos quando precisar ligar o chuveiro no quente.
No caso da máquina de lavar, juntar o máximo possível de roupas para lavar de uma só vez pode ser uma ótima ideia. Assim, evita refazer todo o processo várias vezes e fica mais fácil diminuir o valor da conta de luz.
Ficar atento ao estado dos aparelhos e eletrodomésticos
Aparelhos velhos e gastos, tendem a puxar mais energia elétrica. Dessa forma, aumenta o valor da conta de luz.
Sendo assim, economizar para trocar o aparelho que já está em más condições pode diminuir bastante o valor final da conta de luz.