Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, comentou sobre os reajustes dos combustíveis promovidos pela Petrobras nesta segunda-feira (14). Segundo o parlamentar, que criticou o lucro obtido pela estatal, ele vai tentar exigir da empresa uma “função social”.
“Há diversas discussões que estão sendo feitas em torno disso, inclusive, especialmente, a participação da Petrobras neste problema. A Petrobras tem hoje uma lucratividade na ordem de três vezes mais do que os seus concorrentes, dividendos bilionários”, disse Rodrigo Pacheco.
De acordo com ele, é bom que essa lucratividade seja alcançada, mas desde que ela não aconteça “sob o sacrifício da população brasileira que abastece os seus veículos ou que precisa do transporte coletivo”. “Vamos buscar exigir da Petrobras a sua participação enquanto uma empresa que tem participação da União e que tem uma função social”, acrescentou o senador, que deu sua declaração em Belo Horizonte, Minas Gerais.
União é maior acionista da Petrobras
Quando o preço dos combustíveis aumenta, quem acaba se beneficiando disso é a União, que é maior acionista e controladora da Petrobras. Apesar disso, o governo não interfere na companhia, que é uma empresa de economia mista cujas ações são negociadas em bolsas de valores no Brasil e no exterior.
Nos últimos meses, políticos e autoridades estão criticando os ganhos da Petrobras. Até mesmo o presidente Jair Bolsonaro (PL) teceu críticas quanto ao tema, dizendo que o lucro da estatal é “absurdo”. Além disso, ele também questionou a política de preços da empresa, que se baseia no preço do petróleo no mercado internacional, o que acaba impactando ainda mais nos valores cobrados aos consumidores brasileiros.
Além de Bolsonaro, Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, também comentou sobre os aumentos. De acordo com ele, também nesta segunda, o reajuste da Petrobras pode ser considerado como um ato de “insensibilidade” e um “tapa na cara de um país que luta para voltar a crescer”.
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