Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República, está recebendo doações de apoiadores via PIX para poder pagar valores estipulados em uma série de multas contra ele.
Tudo isso começou após o deputado estadual Bruno Engler (PL) ter divulgado o CPF de Bolsonaro em suas redes sociais para que fossem feitas transferências para a conta do ex-presidente no Banco do Brasil.
Na publicação, ele defendeu apoio ao ex-chefe do Executivo porque, de acordo com o parlamentar, ele “está recebendo diversas multas em processos absurdos por todo o país” – o deputado também salientou que “qualquer valor já ajuda“.
Aos seus seguidores, ele alertou que é preciso confirmar os dados “antes de transferir”. “Compartilhe essa imagem! E vamos ajudar o Capitão“, escreveu o parlamentar no Instagram.
Em entrevista ao portal “UOL” neste domingo (25), a assessoria de imprensa de Bolsonaro confirmou que o CPF é mesmo de Bolsonaro e que a conta do ex-chefe do Executivo “está recebendo as transações Pix”.
Multas contra Bolsonaro
Assim como publicou o Brasil123, nesta semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve uma multa de R$ 90 mil contra o ex-presidente, devido a uma propaganda irregular contra o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Já no começo deste mês, a Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 87,4 mil das contas do ex-presidente porque ele não pagou multas impostas contra pelo não uso de máscara durante a pandemia da covid-19. Em uma delas, o valor a ser pago é de R$ 376 mil.
Além de multas, Bolsonaro também é alvo de uma ação no TSE que pode custar a ele o impedimento de participar das eleições por oito anos. Esse julgamento tem como base uma ação que trata da reunião que Bolsonaro teve com embaixadores em Brasília.
Na ocasião, o então presidente atacou a credibilidade da urna eletrônica e do sistema eleitoral brasileiro. Nesta quinta, o advogado ainda imputou a Bolsonaro a “difusão sistemática de fake news” e “ataques sistêmicos a democracia”.
Bolsonaro tem negado que tenha cometido qualquer irregularidade que seja capaz de torná-lo inelegível. Nesta quinta (21), durante entrevista ao canal “CNN Brasil”, ele também afirmou que não pode ser julgado pelos fatos que dizem respeito ao ex-ministro Anderson Torres.
“As questões que me fazem não chegaram ao final da linha. As questões do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do 08 de janeiro, tudo está sendo conduzido em segredo de Justiça. Eu não posso ser julgado por causa disso”, disse ele.