Pessoas que integram um grupo de apoiadores radicais de Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, tentaram invadir, na noite desta segunda-feira (12), o prédio da Polícia Federal (PF) na Asa Norte, em Brasília, no Distrito Federal.
De acordo com informações reveladas pelo portal “Metrópoles”, os apoiadores radicais do presidente atiraram pedras e, por conta disso, vários carros atingidos acabaram danificados. Segundo o site, os manifestantes, que também usaram pedaços de pau durante os atos, ainda incendiaram um ônibus.
Por conta da depredação, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi chamada. Na ocasião, agentes usaram armas de bala de borracha e bombas de efeito moral para poder dispersar o bando que tentava invadir o local. Segundo as informações, alguns manifestantes, usando roupas da seleção brasileira, explicaram que o ato de vandalismo acontece por conta da prisão de um indígena identificado como José Acácio Tserere Xavante.
Nas redes sociais, vídeos mostram a depredação e também um homem afirmando que mais apoiadores do presidente Bolsonaro chegariam para reforçar o ato antidemocrático. No vídeo, um outro indivíduo, bastante exaltado, grita: “Eu posso morrer aqui hoje, não tem problema, não”.
Nas últimas semanas, apoiadores de Bolsonaro, que não concordam com a derrota do presidente nas urnas para o chefe do Executivo eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estão acampados em Brasília. Na cidade, eles pedem intervenção militar, algo que é inconstitucional.
A movimentação para a capital brasileira aconteceu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter determinado que a Polícia Rodoviária Federal (PRF), PF e a Polícia Militar desobstruíssem as rodovias ocupadas por apoiadores do chefe do Executivo.
Dias após a decisão de Alexandre de Moraes, apoiadores de Bolsonaro ainda se recusavam a sair das estradas. A situação melhorou quando o próprio presidente, após dias em silêncio, resolveu pedir para que seus apoiadores deixassem de limitar o direito de ir e vir das pessoas.
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