Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) voltaram a defender que uma mulher seja escolhida para ser vice do chefe do Executivo nas eleições deste ano. O nome favorito para ocupar a vaga, que até então seria do ex-ministro da Defesa, Braga Netto, é o de Tereza Cristina (PP), que até outrora era ministra da Agricultura.
Segundo informações do jornalista Valdo cruz, da “Globo News”, publicadas nesta quarta-feira (15), a medida acontece porque Bolsonaro parou de subir nas pesquisas e não conseguiu empatar nas intenções de voto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho (PT), como previa o comitê da reeleição do presidente.
Na terça (14), o próprio presidente sinalizou que existe essa oportunidade. “Braga Netto é um nome palatável, é um nome de consenso, que sabe conversar com o Parlamento. É um colega meu da Academia Militar. Ele pode ser vice. Alguns querem a Tereza Cristina, um excelente nome também. Mas isso vai ser definido mais tarde”, disse Bolsonaro.
De acordo com Valdo Cruz, quando Bolsonaro passou a subir nas pesquisas, o comitê da reeleição do presidente e aliados chegaram a prever que ele empataria com Lula em junho e, no mês seguinte, estaria na frente do petista.
No entanto, a realidade mostra outro cenário: levando em conta números do Instituto DataFolha, constata-se que Bolsonaro estacionou nos 27% a 30% das intenções de voto, enquanto Lula subiu e hoje aparece com mais de 45% das intenções de voto.
Por conta desse cenário, assessores e aliados do presidente voltaram a defender que ele escolha para vice uma mulher. Segundo essas pessoas, o intuito é reduzir a rejeição que Bolsonaro tem com o público feminino.
Hoje, Tereza Cristina é pré-candidata ao Senado. Seu nome já foi defendido pelo Centrão, mas à época, Bolsonaro sinalizou que preferia ter Braga Netto, um general da reserva, que não representaria para ele nenhuma ameaça em um eventual segundo mandato, como seu vice.
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