Através de perfis no Twitter, manifestações bolsonaristas seguem e alguns manifestantes estão atacando o Ministério em busca de dados que concluíram os votos da última eleição. Contudo, o documento não citou nem por um momento algum indício de fraude, mas apoiadores do então presidente da república desejam conferir abertamente.
Em um dos comentários na rede social, um apoiador de Jair Messias Bolsonaro questiona se tomou chuva à toa, já que eles estão se manifestando há dias e não obtiveram resposta.
Qual é o propósito das manifestações que pedem relatório dos votos?
Assim que as eleições se encerraram e foi confirmado que o presidente eleito é Luiz Inácio Lula da Silva (PT), muitos caminhoneiros e outros apoiadores de Bolsonaro começaram manifestações em diversos pontos do país.
A princípio, a intenção era que houvesse uma intervenção militar para impedir que o governo eleito assumisse. No entanto, começou a circular comentários de que houve fraudes nas urnas e, com isso, apoiadores de atual presidente passaram a exigir o relatório que comprovasse isso ou não.
Posicionamento de Bolsonaro sobre o assunto
Bolsonaro se pronunciou sobre as manifestações e pediu que elas fossem sempre dentro das “4 linhas da Constituição”. Segundo ele, não era para seus apoiadores utilizar os mesmos “métodos da esquerda” e fazer manifestações pacíficas.
Em seu canal no YouTube e redes sociais, ele também se posicionou e pediu para que ninguém fosse impedido de exercitar seu direito de ir e vir, ou seja, é necessário que eles não fechem as estradas e deixem quem quiser passar livre para isso.
Impactos das manifestações
Antes de mais nada, vale lembrar que o primeiro posicionamento de Bolsonaro sobre as manifestações foi realizado 3 dias após elas começarem.
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) afirmou em nota que, provavelmente, esses bloqueios causarão perdas maiores que as do movimento que ocorreu em 2018.
Além disso, o STF (Supremo Tribunal Federal) também criticou as manifestações e pediu que a Polícia Rodoviária Federal intervisse para impedir os bloqueios.
Houve nesse tempo algumas inflações e também, acidentes envolvendo os manifestantes, onde um motorista foi preso por atropelar um dos apoiadores do atual presidente.
O que diz a Constituição Federal?
Em primeiro lugar, é necessário entender que cada cidadão possui diretos, assim como deveres. Com isso, é importante que um não passe por cima do outro.
Segundo a Constituição Federal de 1988, é dever do cidadão se manifestar e expressar seu pensamento. Esse direito pode ser manifestado em todos os cantos do Brasil.
Portanto, as manifestações, desde que pacíficas e respeitando os direitos dos outros, é assegurada pela lei. Afinal de contas, elas são um exercício da democracia e nosso país é conhecido por ser democrático.
Sobretudo, o direito de se posicionar, assim como afirmou Bolsonaro, precisa estar “dentro das quatro linhas da Constituição” e não infringir os direitos do próximo.
Um belo exemplo é a despeito das rodovias que precisam estar livres para quem desejar passar, não impedindo o direito de ir e vir.
O ato ainda acontece?
Os manifestantes seguem acampados e completam hoje 11 dias nas ruas. Ao que parece, eles estão fazendo turnos em frente ao Exército e dividem o tempo para que todos consigam dormir.
Em Brasília, apoiadores de Bolsonaro ainda questionam sobre os relatórios que querem um parecer sobre os votos. A ideia é deixar as manifestações de lado apenas depois de um resultado oficial ou após uma intervenção militar.
Alguns carros grandes do Exército brasileiro foram vistos ontem saindo do quartel e, com isso, houve um momento de euforia onde alguns dos manifestantes postaram em suas redes sociais o momento em que isso ocorreu.
A expectativa era que o Exército se posicionasse e cumprisse a chamada Intervenção Federal que também está prevista na Constituição Federal caso seja necessário.
No mais, é necessário seguir acompanhando e aguardar que alguma decisão seja tomada e as coisas se normalizem.