As alterações nas imagens das fotos para publicações em redes sociais é uma hábito muito comum, principalmente entre os jovens.
As próprias redes já oferecem tipos de filtros que transformam a aparência do indivíduo em segundos, o que para muitos acabou sendo um grande aliado, a fim de reduzir incômodos estéticos ou ressaltar traços específicos.
Um estudo feito pelo Projeto Dove pela Autoestima à Edelman Data & Intelligence com aproximadamente 500 meninas revelou que 84% delas já aplicaram um filtro ou usaram um aplicativo para mudar a própria imagem em fotos, inclusive, 78% tentam alterar ou ocultar pelo menos uma característica do corpo que não as agrada.
Essas alterações digitais contrapostas à realidade vem gerando inúmeras consequências associadas à saúde mental desses usuários, como, por exemplo, a baixa autoestima, falta de confiança e insegurança.
Além disso, esse tipos de percepção distorcida está associada ao aumento da procura por procedimentos estéticos ainda antes dos 18 anos.
Para especialistas, a comparação entre a própria aparência com a de influenciadoras digitais está entre as principais motivações para recorrer ao uso desses aplicativos e filtros.
O que fazer?
Buscar a autoaceitação é uma das estratégias para controlar o uso desses dispositivos e principalmente evitar sentimentos que prejudicam a saúde mental.
Para isso algumas dicas são fundamentais, como por exemplo:
- Evitar comparações;
- Zelar pela privacidade, afinal, o mundo gira fora das redes;
- Controlar o uso das redes sociais ou até se afastar por um período;
- Buscar novas atividades que promovem a saúde e bem estar, como a prática de atividades físicas.
Sinas de baixo autoestima
Quando o uso dessas ferramentas que distorcem as imagens acaba impactando a saúde mental do usuário, os sinais podem ser notados através do sentimento de baixo autoestima.
Esses sinais, inclusive, servem de alerta aos pais, que podem buscar apoio profissional com psicólogos para evitar possíveis agravações, como por exemplo, a depressão desses jovens.
Dentre eles, os mais comuns entre o público infanto-juvenil são:
- Baixo desempenho escolar
- Dificuldade de interagir com os colegas
- Isolamento
- Timidez em excesso
- Perfeccionismo
- Tendência à procrastinação e preguiça
- Busca constante por elogios e reconhecimento externo
A baixo autoestima pode interferir diretamente na vida social do indivíduo, inclusive, se agravar para quadros de ansiedade e depressão.
Diante disto, além de controlar o uso de redes sociais, aplicativos que alteram a imagem, entre outros recursos digitais que hoje fazem parte da realidade desses jovens, também é essencial ampliar a comunicação dentro de casa e se for necessário, buscar auxílio psicoterapeuta.
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