Tem circulado nas redes sociais, nos últimos dias, uma publicação que afirma que Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria atuado como advogado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
No entanto, na realidade, conforme uma publicação feita pelo portal “UOL” na noite desta quinta-feira (21), a informação não passa de mais uma informação falsa em ano de eleição. Segundo o site, essa não é a primeira vez que a postagem circula pelas redes sociais.
Isso porque, tanto em 2018 quanto em 2019, disseminadores de notícias falsas passaram a publicar a notícia inverídica de que Edson Fachin teria atuado como advogado do MST. O fato voltou à tona na última segunda-feira (18), quando o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), levantou a questão enquanto discursava para diplomadas e atacava o ministro e o sistema eleitoral brasileiro como um todo.
Nesta quinta, Edson Fachin emitiu uma nota reafirmando que jamais foi advogado do movimento. No comunicado, ele lembrou que foi questionado sobre o fato em 2015, em sua sabatina no Senado. Na ocasião, ele explicou que a sua suposta atuação como advogado do MST teve origem por conta de um manifesto assinado por ele em 2008.
O documento em questão pregava contra a criminalização do movimento e foi divulgado após o Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul ter aprovado uma ação pública proposta com o intuito de declarar o MST ilegal, o que gerou reações em defesa do movimento social.
Edson Fachin tem sido um dos focos principais de Bolsonaro e apoiadores do presidente nos últimos dias. Na segunda, por exemplo, Bolsonaro disse que ele e os outros ministros do TSE estão freando medidas que visam a transparência do processo eleitoral porque querem que candidatos de esquerda, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sejam eleitos.
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