Na última semana foi anunciado que as clínicas particulares brasileiras estão em negociação para importar doses da vacina contra a covid-19 para venda no país. As negociações são referentes à Covaxin, vacina desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. Apesar das negociações da ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas), a compra do imunizante dependerá da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo a associação, espera-se viabilizar a compra de ao menos 5 milhões de doses da Covaxin. O uso emergencial do imunizante foi autorizado na Índia na última semana. Entretanto, a sua eficácia não foi divulgada até o momento. Os resultados da última fase de testes do imunizante deverão ser divulgados até o final do mês.
Na última segunda-feira, 4 de janeiro, a Anvisa se reuniu com o laboratório Precisa Farmacêutica, representante da empresa indiana Bharat Biotech no Brasil. De acordo com as informações divulgadas, a empresa ainda deverá definir quais serão as estratégias adotadas para distribuição da vacina no país.
Acima de tudo, a reunião com a Anvisa teve como objetivo esclarecer sobre o registro definitivo e uso emergencial do imunizante. Contudo, o mesmo não atende a um dos requisitos da Anvisa para aprovação do uso emergencial: a realização de testes no Brasil. Por essa razão, seria preciso que a empresa buscasse o registro definitivo diretamente.
Fornecimento às clínicas particulares gera polêmicas
Apesar disso, a negociação da vacina com as clínicas particulares vem sendo alvo de polêmicas. De acordo com o Ministério da Saúde, a rede privada deverá seguir as determinações do plano nacional de vacinação contra a covid-19. Desse modo, os grupos prioritários deverão ser obedecidos, mesmo na rede privada.
Uma comitiva de representantes das clínicas particulares embarcou para a Índia a fim de negociar a compra da Covaxin. Além disso, os representantes, que retornam apenas em 10 de janeiro, pretendem analisar a capacidade de fornecimento do laboratório, a fim de aumentar a demanda.