A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabeleceu uma série de ações para enfrentamento de eventos climáticos severos, que têm causado danos às redes de distribuição de energia.
As medidas foram discutidas nesta quinta-feira (30), em reunião na sede da ANEEL, em Brasília, com participação da Diretoria da ANEEL e representantes de todas as distribuidoras de grande porte do país.
Ações determinadas pela ANEEL
Uma das primeiras medidas do protocolo é o aprimoramento das ferramentas de detecção de eventos climáticos extremos a partir do cruzamento das bases de dados com alertas meteorológicos, incluindo, mas não se limitando, a sistemas de previsão internos das distribuidoras, alertas emitidos pelas Defesas Civis Estaduais e Municipais, além de institutos e consultorias especializadas em meteorologia, a fim de definir o nível de severidade dos eventos climáticos previstos.
Então, a partir da melhor detecção, a ação seguinte é instituir canal de comunicação direta com Prefeituras, Governos Estaduais e suas respectivas Defesas Civis para a articulação de medidas necessárias à minimização dos impactos dos eventos climáticos, bem como comunicação do acompanhamento de seus efeitos e coordenação dos esforços de recomposição do serviço de energia elétrica (Salas de Crise).
Com relação ao manejo vegetal, as distribuidoras deverão coordenar ações com os entes públicos envolvidos para a correta gestão da arborização e o manejo vegetal em áreas com maior potencial de dano ao serviço de distribuição quando da ocorrência de eventos climáticos de elevada severidade.
Ainda mais, as distribuidoras também irão atualizar seus planos de contingência adaptando as atividades de previsão, preparação e atuação em eventos climáticos com a severidade que se está vivenciando no início desse período úmido.
Em suma, os planos devem definir o nível de severidade dos eventos, graus de atuação e de mobilização de equipes, remanejamento de equipes que usualmente executam outras atividades, ampliação dos canais de comunicação com entes públicos e consumidores, articulação e coordenação de ações com entes públicos, atualização do cadastro das cargas prioritárias a serem reestabelecidas, dentre outros.
Comunicação para situações de falta de energia elétrica
Além disso, a ampliação dos canais de comunicação com os consumidores é fundamental quando da ocorrência de eventos climáticos de elevada severidade e foram discutidas medidas necessárias para viabilizar essa ampliação incluindo, mas não se limitando, ao remanejamento de equipes internas, ampliação dos canais digitais e disponibilização de informação ativa do evento dentro das plataformas de comunicação da distribuidora, informando áreas que tiveram o serviço de energia elétrica interrompido e a previsão de restabelecimento.
Por fim, em razão da recorrência cada vez maior de eventos dessa natureza, foi discutida uma agenda de médio prazo que busca discutir melhores práticas, com o objetivo de retroalimentar o processo de regulação em três frentes:
- Maior precisão na detecção de eventos climáticos de elevada severidade;
- Aperfeiçoamento dos planos de prevenção e redução de danos, em coordenação com os entes públicos estaduais e municipais;
- Plano de ação de recomposição do serviço, em articulação e coordenação com os demais entes públicos envolvidos e com comunicação eficiente com consumidores, ANEEL e entes públicos.
Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica