A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelou nesta sexta-feira (25) que não irá alterar a bandeira tarifária, que continuará verde em setembro. Com essa decisão, as contas de luz dos brasileiros seguem sem cobrança adicional no próximo mês, uma tendência que deve ser mantida até o final deste ano.
Poupança: especialistas sugerem retirar o valor de lá
Conforme a Aneel, a bandeira verde foi mantida por conta das condições favoráveis de geração de energia no país – esses fatores favoráveis são os responsáveis pelo fato de que os consumidores conectados ao sistema elétrico nacional não pagam taxa adicional nas contas de luz há mais de um ano, pois a bandeira verde está em vigor desde abril de 2022.
Esse sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar os custos da geração de energia no País aos consumidores e atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia. Antes disso, o custo da energia em momentos de mais dificuldades para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. Por outro lado, no modelo atual, os recursos são cobrados e transferidos às distribuidoras mensalmente por meio da “conta Bandeiras”.
Em nota, Sandoval Feitosa, que diretor-geral da agência, relatou que a decisão é positiva. Nesse sentido, ele citou o início da consulta pública da proposta que prevê a redução dos valores das bandeiras em até 37%. “Esta é a segunda notícia positiva da semana para o consumidor. A primeira foi o início da consulta pública que propõe reduzir o valor das bandeiras amarela em até 37%, a vermelha, patamar 1, em 31%, e a patamar 2, em quase 20%. As duas notícias indicam oferta abundante de energia e condições favoráveis de geração”, disse ele.
Assim como publicou o Brasil123, a pessoa que tiver alguma ideia de como reduzir a conta de luz pode ajudar e fazer com que a conta de energia dos brasileiros sofra uma redução.Isso acontece porque, a partir desta semana, qualquer indivíduo pode enviar um e-mail para a Consulta Pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sugerindo alternativas para baratear o valor.
Essa consulta pública foi aprovada na terça-feira (22), quando se discutiu uma ação para a redução dos valores de referência das bandeiras tarifárias. De acordo com a Aneel, as sugestões podem ser enviadas até o dia 6 outubro, para o e-mail cp026_2023@aneel.gov.br.
Ainda conforme a entidade, a proposta é de redução para a bandeira amarela de quase 37%, saindo dos atuais R$ 29,89/MWh para R$ 18,85/MWh. Por outro lado, para a bandeira vermelha, patamar 1, a proposta é reduzir de R$ 65,00/MWh para R$ 44,64/MWh (queda de 31%), enquanto o patamar 2, de R$ 97,95/MWh para R$ 78,77/MWh (redução de quase 20%).
Em nota, a Aneel explicou que a proposta de redução anunciada repercutirá favoravelmente sobre os reajustes tarifários ordinários, com perspectiva de queda dos componentes vinculados à operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Nesse sentido, a entidade ressaltou que, desde abril de 2022, isto é, há mais de um ano, a bandeira tarifária segue verde no Brasil.
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