A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na noite desta sexta-feira (30) que a conta de luz continuará com a bandeira vermelha patamar 2 em aplicação. A saber, esse é o nível mais alto das bandeiras tarifárias da Aneel e aumenta a conta de luz em R$ 9,492 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos.
Isso quer dizer que o brasileiro seguirá pagando mais caro para ter energia elétrica em casa. Em momentos de custos mais elevados, a recomendação é economizar ao máximo o uso da energia. Assim, não haverá surpresas quando a conta de luz chegar.
De acordo com a Aneel, a bandeira vermelha patamar 2 segue em aplicação porque a crise hídrica no país não apresentou sinais de melhora. Em resumo, a crise está fazendo os principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) permanecerem em níveis “consideravelmente baixos” para essa época do ano.
“Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD). O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada”, explicou a Aneel.
Gastos com termelétricas devem chegar a R$ 13,1 bilhões
O que vem motivando as elevações nos preços da conta de luz é a crise hídrica na região das hidrelétricas. A saber, essa é a maior crise dos últimos 91 anos. Por isso, o governo está recorrendo às termelétricas para continuar distribuindo energia à população. Contudo, estas usinas possuem um custo muito mais alto. E quem acaba pagando a conta são os consumidores, como sempre.
Segundo um cálculo baseado em simulações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o uso adicional de termelétricas deve elevar em 45% a conta que será paga por nós. Em suma, o governo estimava que o uso de usinas termelétricas entre janeiro e novembro custaria R$ 9 bilhões a mais nas contas de luz. Contudo, os gastos devem chegar a R$ 13,1 bilhões, alta de 45% em relação à última previsão.
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