Alguns senadores do PL e do União Brasil fizeram uma visita na prisão ao ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, neste sábado (6). Torres está preso desde janeiro, quando foi acusado de ter se omitido aos atos golpistas de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e a Suprema Corte, protestando contra o resultado das eleições presidenciais de 2022.
Nesse sentido, os senadores Eduardo Gomes (PL), Rogério Marinho (PL), Magno Malta (PL), Jorge Self (PL) e Márcio Bittar (União Brasil) foram aqueles que compareceram na prisão. A expectativa é que outros senadores façam uma visita a Torres neste próximo domingo, sendo eles Eduardo Girão (Novo), Izalci (PSDB) e Jaime Bagtolli (PL). Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, afirmou que o grupo de senadores representa 42 parlamentares que assinaram um documento pedido a vista. “Para nós, a libertação de Anderson é um ato de justiça e de humanidade”, disse Marinho em suas redes sociais.
Já Magno Malta, publicou, em suas redes sociais, um vídeo relatando que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal está “muito fragilizado emocionalmente”. Os senadores também afirmaram que chegaram a se emocionar com a situação de Torres na prisão.
STF pediu avaliação sobre transferência de Torres
Alguns laudos médicos sobre o estado de Torres foram encaminhados ao STF. Em resposta ao envio dos documentos sobre o estado de saúde do ex-secretário, o ministro Alexandre de Moraes pediu que o governo local realizasse uma avaliação sobre uma eventual transferência de Torres a um hospital psiquiátrico. Contudo, a defesa do ex-ministro descartou a internação e pediu que ele permanecesse no batalhão da Polícia Militar. “Mantenho a custódia de Anderson Gustavo Torres no 19° Batalhão de Polícia Militar, uma vez que não se faz necessária a transferência para hospital penitenciário, conforme relatório médico e concordância da defesa”, diz o despacho.
Embora tenha autorizado visitas a Torres, o ministro Alexandre de Moraes proibiu que dois senadores realizasse visita: Flávio Bolsonaro e Marcos do Val. No entendimento do ministro do Supremo Tribunal Federal, ambos os senadores estão envolvidos nos fatos que levaram a prisão do ex-secretário.
“Fui um dos 42 senadores que assinaram a petição para visitar Anderson Torres. Contudo e infelizmente, acabo de tomar a ciência de que Alexandre de Moraes indeferiu minha ida, por ele ter me incluído no inquérito de 8 de janeiro por motivo de… não tenho a menor ideia…”, disse Flavio Bolsonaro, em post publicado em suas redes sociais. “Peço aos senadores que irão que levem meu abraço e minha solidariedade a ele, um homem honrado, pai de 3 meninas, que não merecia estar passando por essa covardia e que, pela lei, nem deveria ter sido preso”, completou.
Entre as condições para a visita a Torres na prisão, Alexandre de Moraes citou que os senadores não poderiam levar quaisquer acompanhantes, assessores, seguranças, jornalistas, familiares, celulares, máquinas fotográficas, gravadores, computadores ou qualquer outro tipo de equipamento eletrônico, nem mensagens de qualquer espécie dirigida a Torres.