Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, prestou nesta quinta-feira (02) um novo depoimento à Polícia Federal (PF) sobre a invasão e destruição feita por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
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De acordo com informações do portal “G1”, agentes da PF estiveram no 4º Batalhão da Polícia Militar (PM) no Guará, no Distrito Federal, onde Anderson Torres está preso, para tomar o testemunho do ex-gestor. Assim como publicou o Brasil123, o ex-ministro foi preso no dia 14 de janeiro ao chegar dos Estados Unidos. Hoje, ele é investigado por suspeita de omissão e conivência com os atos terroristas cometidos pelos apoiadores de Bolsonaro.
O depoimento dele, que era o secretário responsável pela segurança na capital na data e nega as acusações, foi marcado por Alexandre de Moraes, ministro do STF, que é o relator do inquérito da Corte que investiga os ataques. Essa foi a segunda vez que o ministro foi chamado. Na primeira oitiva, no dia 18 de janeiro, ele ficou em silêncio, pois sua defesa disse na ocasião que não teve acesso aos inquéritos nos quais o ex-ministro é investigado. Na oportunidade, os advogados disseram que ele iria esclarecer “tudo que lhe for perguntado tão logo a defesa tenha acesso aos autos”.
Até o momento, não existem informações sobre o que Anderson Torres disse no depoimento desta quinta. No entanto, sabe-se que parte de sua defesa foi adiantada na audiência de custódia no dia 14 de janeiro, quando ele falou com um juiz. Na ocasião, ele disse que “jamais questionou o resultado das eleições” e disse que não integra nenhuma “guerra ideológica” no Brasil. Não suficiente, o ex-ministro disse que colaborou com a transição de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em dezembro.
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