O mercado financeiro elevou pela 21ª semana seguida a projeção para a inflação do Brasil em 2021. Com um avanço firme de 0,16 ponto percentual (p.p), a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 7,11% para 7,27%.
A saber, a taxa da inflação é determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2021, o órgão definiu a meta em 3,75%. No entanto, os analistas do mercado financeiro indicam há bastante tempo que a inflação ultrapassará em muito a meta definida.
As informações estão presentes no relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (30). A propósito, a taxa para 2022 subiu de 3,93% para 3,95%, sexta alta seguida, enquanto se manteve em 3,25% para 2023 e em 3,00% para 2024.
Inflação supera em 2 pontos percentuais o limite definido
O CMN define a meta para a inflação de três anos seguidos, alterando os valores caso haja necessidade. A partir disso, o BC deve adotar medidas para alcançar a meta, pois uma inflação estável permite maior crescimento econômico, visto que há redução nas incertezas do país.
Nesse sentido, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem papel muito importante. Em suma, o IPCA, calculado pelo instituto, é considerado a inflação oficial do Brasil. Além disso, o CMN tem definido um intervalo de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.
Por isso, a meta para a inflação de 2021 é de 3,75% e o intervalo varia de 2,25% a 5,25%. Isso quer dizer que a inflação pode chegar até 5,25% e, mesmo assim, ela não extrapolará o limite da meta. Contudo, a projeção do mercado para 7,27% supera em mais de dois pontos percentuais o limite superior definido.
Estimativa para o PIB cai
O relatório Focus também reportou que a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2021 caiu de 5,27% para 5,22%, terceira queda seguida. Os economistas chegaram a projetar avanços para o PIB por 15 semanas consecutivas, mas depois vieram semanas de estabilidade e, agora, de queda.
Já a projeção para os três anos seguintes se mantiveram estáveis. Para 2020, estima-se que o PIB cresça 2,00%, enquanto que, para 2023 e 2024, o PIB brasileiro deve crescer 2,50% em cada ano.
Por fim, o dólar deve encerrar o ano cotado a R$ 5,15, primeiro avanço depois de três semanas seguidas de estabilidade em R$ 5,10. A taxa básica de juros do país, a Selic, continuou estável em 7,50% ao ano. Atualmente a taxa está em 5,25%, mas deve ficar bem mais alta até o final do ano.
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