A Ambev tem muito a comemorar em 2021. Isso porque a fabricante de bebidas encerrou o segundo trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 2,93 bilhões. A saber, esse montante ficou 130,4% maior que observado no mesmo período de 2020. Aliás, o valor também é o maior já registrado pela Ambev no período entre abril e junho.
Um dos principais fatores que impulsionaram o resultado no trimestre foi a decisão de inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e Cofins. Em resumo, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que tal inclusão não poderia ocorrer. Isso impactou o resultado da Ambev em R$ 1,6 bilhão em créditos tributários relacionados a essa decisão.
Vale destacar que os resultados passaram por ajustes. Nesse caso, em termos ajustados, o lucro mais que dobrou, atingindo R$ 2,96 bilhões no período. Os dados conseguiram atingir altas taxas visto que a base da comparação estava bastante enfraquecida pela pandemia da Covid-19.
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Além disso, o Ebitda, que representa os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ajustado totalizou quase R$ 5,3 bilhões no segundo trimestre. Isso corresponde a uma expansão orgânica de 24%, mas a margem recuou 2,6 pontos percentuais, para 33,7%.
A Ambev também destaca o crescimento orgânico de 19% no comparativo anual em relação aos volumes comercializados no trimestre. Com esse acréscimo, atingiram quase 39,8 milhões de hectolitros. Enquanto isso, a receita líquida saltou 36,2%, somando R$ 11,6 bilhões.
A saber, o custo do produto vendido por hectolitro disparou 15,7%, impulsionado pela taxa de câmbio e pelo comportamento das commodities. Ao mesmo tempo, as despesas gerais, administrativas e com vendas tiveram forte alta de 35,6%. Isso aconteceu, em grande parte, por causa de três fatores: despesas de distribuição, acréscimos de remuneração variável e investimentos em vendas e marketing.
Ainda segundo a Ambev, houve crescimento orgânico de 12,7% nos volumes do segmento Cerveja Brasil, para 20,2 milhões de hectolitros. Isso resultou num salto de 25,8% na receita líquida. Apesar do resultado positivo, o Ebitda ajustado do negócio tombou 12,8% devido à taxa de câmbio e às commodities.
Por fim, os volumes dispararam 62,7% na América Central e Caribe. Da mesma forma, o volume da América Latina também cresceu no período, mas de maneira menos expressiva (26,8%). Em contrapartida, a Ambev registrou queda de 0,9% dos volumes no Canadá.
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