A gigante do setor de varejo, Amazon, afirmou que vai demitir cerca de 18 mil funcionários ainda neste ano. Segundo o presidente da companhia, o movimento demissional começará a partir do dia 18 de janeiro e afetará, de forma majoritária, o setor de comércio eletrônico e o setor de recursos humanos da empresa.
Para os usuários da plataforma, isso pode significar mais tempo na espera de entrega dos produtos. Vale lembrar que o número se refere a demissões no mundo todo. Nos Estados Unidos, a Amazon tem mais de 1,5 milhão de empregados.
Incerteza econômica leva a demissões na Amazon
Os Estados Unidos e a Europa não andam em um bom momento em suas economias. Isso porque o aumento dos preços fez com que tudo ficasse mais caro por lá. Assim como no Brasil, o Banco Central desses locais aumentou os juros, encarecendo financiamentos e empréstimos. Na prática, isso desaquece a economia. E a Amazon será uma das primeiras a sentir esse movimento.
Isso porque o primeiro setor afetado em momentos de crise é o varejo. Com menos dinheiro no bolso, os cidadãos deixam de fazer reformas em casa, comprar produtos e cortar outras despesas fúteis. Como a Amazon é uma loja de departamento, a expectativa é ver as suas vendas caindo nos próximos meses. O único setor do varejo que tem certa estabilidade nesses momentos é o setor de venda de produtos essenciais, como supermercados. Esse, contudo, é apenas um dos braços da empresa, que vende milhões de produtos ao redor do mundo.
Com a queda nas vendas, a Amazon vai desligar funcionários da empresa, ligados aos setores que terão menor desempenho. Os recursos humanos sofrerão cortes, dado que com menos vendas, é preciso contratar menos. O setor de comércio eletrônico também deve sentir e, por isso, haverá demissões também. Vale lembrar que o e-commerce já sofreu na Black Friday, que costuma ser uma época de boas vendas.
Os impactos na empresa
O corte da força de trabalho na Amazon impactará cerca de 6% do total de funcionários da empresa, levando em conta apenas o setor corporativo. Esse setor tem cerca de 300 mil trabalhadores. Recentemente, a gigante do varejo dobrou o valor do salário mínimo de seus trabalhadores após denúncias de jornadas extensas de trabalho.
Em nota, o presidente da empresa, Andy Jassy, disse que os cortes acontecerão por conta da incerteza econômica mundial e também porque a companhia contratou “rapidamente” nos últimos dois anos. A informação do desligamento de 18 mil pessoas vazou e foi parar nos principais jornais do mundo. O Wall Street Journal disse que a companhia demitiria mais de 17 mil pessoas. Com a péssima repercussão da notícia, a Amazon decidiu se posicionar oficialmente.
Além disso, o presidente da Amazon disse que empresa já resistiu a cenários de dificuldades e voltará a fazê-lo. Economistas preveem uma desaceleração forte da economia americana no próximo ano, com a possibilidade de recessão.