A saída de Jeff Bezos do cargo de CEO da Amazon parece que está sendo vista com bons olhos pelo mercado. Pelo menos foi o que indicou o resultado desta terça-feira (6). A saber, as ações da companhia negociadas na Nasdaq dispararam 4,69% no pregão e atingiram o maior patamar de fechamento da história da empresa.
Em resumo, os papéis encerraram o dia a US$ 3.675,74, superando a antiga máxima de fechamento (US$ 3.531,45), alcançada em 2 de setembro do ano passado. A propósito, Andy Jassy, que é o diretor executivo da Amazon Web Services (AWS), o braço de serviços de armazenamento e processamento de dados da companhia, assumiu o lugar de Bezos na presidência da empresa.
Na verdade, a Amazon já havia encerrado a sessão da última sexta-feira (2) com um avanço firme de 2,3%. De lá pra cá, as altas fizeram o valor de mercado da empresa crescer mais de US$ 100 bilhões. Assim, atingiu a marca de US$ 1,853 trilhão, se aproximando cada vez mais da casa dos 2 trilhões de dólares.
Aliás, se a companhia conseguir somar valorização de mais 7,8%, ela chegará aos US$ 2 trilhões e se tornará apenas a terceira empresa a alcançar tal marca. Dessa forma, a Amazon entrará no seleto grupo formado pela Apple e Microsoft como únicas empresas com um valor de mercado superior a US$ 2 trilhões.
Amazon apresenta forte desempenho desde 2006
A principal razão que explica a confiança dos investidores em adquirir ações da Amazon é o seu desempenho nos últimos 15 anos. Em suma, a receita anual da companhia vem crescendo ao menos 20% desde 2006, confirmando o quão sólida a empresa é.
Além disso, as vendas no primeiro trimestre deste ano dispararam 44% em relação ao mesmo período de 2020. Esse é o maior crescimento para um trimestre desde 2011. O avanço resultou num lucro líquido de US$ 8,1 bilhões para a Amazon, maior ganho trimestral da história.
Por fim, o banco americano JPMorgan projeta que a companhia se tornará a maior varejista dos Estados Unidos em 2022, superando o Walmart. A título de comparação, os analistas estimam que o valor bruto de vendas da Amazon saltaram 41% entre 2019 e 2020, chegando a US$ 316 bilhões. Por sua vez, o da Walmart cresceu 10%, valor bem menor, atingindo US$ 439 bilhões.
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