O Partido da Causa Operária (PCO), uma legenda de extrema-esquerda, afirmou nesta quinta-feira (15) que Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), é um “ditador”.
A palavra foi publicada no Twitter, quando a legenda comentava o fato de Alexandre de Moraes, ter sido eleito o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele assumirá o posto em agosto e será o responsável por comandar as eleições deste ano.
“Alexandre de Moraes foi ‘eleito’ para a presidência do TSE. O ditador, que declarou que vai cassar o registro da candidatura de quem divulgar ‘notícias falsas’, será a pessoa com maior poder de intervir no processo eleitoral de 2022, uma nova fraude se prepara”, disse o partido.
No começo deste mês, o mesmo ministro incluiu o PCO no inquérito das fake news e ainda exigiu que Rui Costa Pimenta, presidente da sigla, prestasse depoimento sobre os ataques do partido ao STF. A decisão aconteceu por conta de publicações do partido nas redes sociais – a legenda chamou Alexandre de Moraes de “skinhead de toga”, acusou o TSE de “fraudar as eleições” e ainda defendeu a dissolução do STF.
Por conta dessas publicações, Alexandre de Moraes determinou que o Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Telegram e TikTok bloqueassem as redes sociais do PCO. Além disso, o ministro mandou a corregedoria eleitoral apurar se houve violação à resolução que veda o compartilhamento de fatos inverídicos contra o processo eleitoral.
“O que se verifica é a existência de fortes indícios de que a infraestrutura partidária do PCO, partido político que recebe dinheiro público, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas, por meio dos perfis oficiais do próprio partido, divulgados em seu site na internet”, disse Alexandre de Moraes em sua decisão.
Ainda segundo o ministro, existem “relevantes indícios” de que o dinheiro público está sendo usado pelo presidente do partido para “fins meramente ilícitos”, como a divulgação de ataques às instituições. Até o momento, o chefe da legenda ainda não prestou seu depoimento, mas negou que tenha cometido qualquer ato ilícito.
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