O presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), vem sendo alvo de duras críticas nos últimos dias. Isso porque ele optou por manter suas férias em Santa Catarina ao invés de ir à Bahia, estado que está em meio às maiores enchentes dos últimos anos.
Nesta quarta (29), o chefe do Executivo foi às redes socais e publicou um vídeo de um helicóptero com mantimentos. As imagens, com duração de 11 segundos, não detalham onde a gravação foi feita nem quando. Todavia, Bolsonaro escreveu: “continuamos na Bahia”.
Em seguida, o presidente marcou perfis de ministérios, ministros, além das Forças Armadas, da Caixa Econômica Federal e da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.
Ministros na Bahia
De férias em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, Bolsonaro incumbiu aos seus ministros a tarefa de conter os danos causados pelas enchentes na Bahia que, até o momento, deixaram ao menos 21 mortos.
Na terça (28), estiveram no estado os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, da Cidadania, João Roma, e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
Segundo João Roma, o momento na Bahia é de “muita tensão”. “Muitas pessoas estão vivendo situação de desespero. Isso naturalmente vai resultar um reforço, uma sobrecarga na saúde”, afirmou.
Nas redes sociais, por conta da opção em não visitar o estado, a hashtag “BolsonaroVagabundo” figurou nesta quarta-feira entre os assuntos mais comentados do Twitter.
– Continuamos na Bahia.
– Bom dia a todos.
– Informações atualizadas constantemente: @DefesaGovBr @mdregional_br @Caixa @MinCidadania @mdhbrasil @MInfraestrutura @exercitooficial @marmilbr @fab_oficial @rogeriosmarinho @joaoromaneto @tarcisiogdf @secomvc pic.twitter.com/TulyGvJuDr— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 29, 2021
Chuvas no estado
Ao todo, conforme a Defesa Civil da Bahia em comunicado publicado na terça, já são 21 pessoas mortas por conta do desastre natural que atingiu a região.
Hoje, 136 municípios estão em situação de calamidade por conta da força da água, o que representa 32% das cidades baianas. Além disso, a Defesa Civil também relatou que já são mais de 470 mil afetados pelas chuvas, 34 mil pessoas estão desabrigadas e quase 43 mil desalojadas. Outras 357 pessoas ficaram feridas.
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