Segundo levantamento de abril do Índice FipeZAP+, os valores de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² variaram próximo da estabilidade (+0,04%), como visto nos últimos meses, enquanto os valores de locação do segmento progrediram 0,48% no mês, o que significa uma aceleração em comparação ao mês de março (+0,37%). Ao comparar os dados do aluguel com a inflação ao consumidor calculada pelo IPCA/IBGE registrou elevação mensal de 0,61%, ao mesmo tempo que o IGP-M/FGV registrou uma queda de 0,95% nos preços da economia.
Os valores de venda apresentaram aumento em Curitiba (+0,63%), Salvador (+0,31%), São Paulo (+0,25%), Campinas (+0,14%), Niterói (+0,10%) e Belo Horizonte (+0,06%). Já Porto Alegre (-0,91%), Brasília (-0,40%), Rio de Janeiro (-0,31%) e Florianópolis (-0,22%) foram registrados quedas.
Quanto ao comportamento do valor do aluguel de salas e conjuntos comerciais de até 200 m², foram registradas elevações em 8 das 10 localidades monitoradas: Salvador (+1,02%), Belo Horizonte (+0,61%), São Paulo (+0,61%), Curitiba (+0,53%), Porto Alegre (+0,47%); Niterói (+0,38%), Rio de Janeiro (+0,28%) e Campinas (+0,23%). Em Brasília (-0,65%) e Florianópolis (-0,18%), os valores de locação do segmento reduziram em abril.
A FipeZap também apontou que o Rio de Janeiro possui a sala comercial mais cara do Brasil. Aqueles que desejarem realizar o aluguel no Leblon, zona sul da capital carioca, terão que desembolsar o valor de R$163,68 por m². Para efeito de comparação, o valor do aluguel no Leblon é quase o dobro que o segundo local mais caro, Ipanema, localizado também no Rio de Janeiro, onde o m² custa R$91,94.
Aluguel residencial registrou aumento
No mesmo período, o preço do aluguel de imóveis residenciais não registrou queda, pelo contrário, vem registrando altas seguidas. De acordo com o índice FipeZap, o valor médio pago pelos locatários avançou 1,68%, valor 0,07% menor que os 1,75% registrados para o mês de março deste ano.
Com isso, o preço do aluguel residencial ficou acima da edição medida pelo IPCA (+0,61%) e IGP-M (-0,95%). Já no acumulado de 12 meses até o mês de abril, o preço médio de locação registrado pelo FipeZap registrou aumento de 17%, ao passo que o IPCA registrou avanço de 4,18% no mesmo período e o IGP-M registrou queda de 2,17%.
O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) também registrou aumento em abril (0,76%), representando uma desaceleração de 0,97% em relação ao mês anterior. Já no acumulado de 12 meses, o Ivar registrou aumento de 8,84% na contabilização até o mês de abril.
De acordo o vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Gilmar Pereira Custódio, apontou que é necessário estar atento às particularidades relacionadas a um determinado mercado, como o caso de Vitória, visto que ainda que os dois índices mostrem como está o mercado de aluguel, não constam algumas cidades do Estado.
“Vitória/ES tem suas particularidades e não sofre influência de outras capitais nesse assunto. Por ser uma capital menor com poucas ofertas de locação, temos um mercado próprio regulado pela lei da oferta e da procura. Nosso Estado também tem suas particularidades. No interior temos uma realidade diferente da capital – um mercado próprio que se regula conforme a econômica local”, apontou Gilmar.