Dados divulgados pela FipeZap+ apontou que o preço do aluguel teve uma alta nominal, ou seja, sem considerar a inflação, de 17,17% em 12 meses. Somente no último mês de março, o índice subiu 1,75%. Nesse sentido, o aumento acumulado é três vezes maior que a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que atingiu, no mesmo período, o valor de 4,65%. É a maior variação para o período desde dezembro de 2011.
De acordo com o levantamento da FipeZap+, todas as 25 cidades monitoradas tiveram aumento no valor do aluguel nos últimos 12 meses. A capital de Santa Catarina, Florianópolis, foi a que mais chamou a atenção da pesquisa, dado que teve um aumento de 36,75% no aluguel nos últimos doze meses, seguida pela cidade de Goiânia (31,53%), Curitiba (23,64%), Fortaleza (22,45%), Belo Horizonte (21,07%) e Rio de Janeiro (20,23%).
O índice calculado pela FipeZap+ utilizam dados levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), incluindo o preço de aluguel de imóveis em residenciais (apenas apartamentos) em 25 cidades brasileiras, onde 11 são capitais. Os valores são coletados com base em anúncios divulgados na internet. É importante pontuar que os valores são os anunciados e não de fato o que é cobrado, ou seja, o que vai em contrato. “O mercado de locação é suscetível à sazonalidade da renda, o que torna mais correto analisar os últimos 12 meses, Vemos uma estabilização do crescimento dos preços de locação durante os primeiros meses do ano”, disse Pedro Tenório, economista da DataZap+.
Aluguel disparou quase 5% somente no 1º trimestre de 2023
Ainda segundo o levantamento realizado pela FipeZap+, o preço do aluguel no país disparou 4,65% nos três primeiros meses do ano. O valor é duas vezes maior que a inflação oficial acumulada para o mesmo período, que é de 2,09%. Já em relação ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado para o reajuste da maioria das locações mo Brasil, a alta é aproximadamente 23 vezes maior que o índice do período, que teve alta de 0,2%.
“Neste início de ano, notamos que o aumento da taxa tem desacelerado, embora o crescimento dos preços de locação ainda continue alto. A expectativa é que o arrefecimento do mercado de trabalho acarrete em desaceleração dos preços de locação, ou seja, menor crescimento dos preços”, pontuou Pedro Tenório, economista da DataZap+. Com estas oscilações, o preço médio do aluguel de imóveis residenciais foi de R$38,35 por metro quadro em março, o que significa que ao realizar a locação de um “imóvel padrão” de 65m² no Brasil, o locatário deverá desembolsar, em média, R$2500 por mês.
Nesse sentido, São Paulo é a cidade brasileira que apresentou o maior preço médio de locação, atingindo o patamar de R$47,06 por metro quadro, seguida por Florianópolis (R$43,84 por metro quadrado), Recife (R$43,63 por metro quadrado), Rio de Janeiro (R$40,16 por metro quadrado) e Brasília (R$37,19 por metro quadrado). Já as cidades com menor valor de locação para o mesmo período de medição foram Fortaleza (R$25,05 por metro quadrado), Porto Alegre (R$28,23 por metro quadrado), Goiânia (R$29,69 por metro quadrado) e Curitiba (R$31,51 por metro quadrado).