O índice FipeZap, que monitora o aluguel residencial através de anúncios em 25 cidades, apontou que o preço do aluguel aumentou 16,76% nos últimos 12 meses. O aumento para o mês de janeiro deste ano ficou em 1,21%, acima da alta de 0,88% que foi registrada para o mês de dezembro. Para efeito de comparação, o IPCA, índice oficial da inflação brasileira, ficou em 0,53%, mostrando que o aumento do aluguel foi duas vezes maior que do IPCA.
Nesse sentido, o acúmulo do preço do aluguel em 12 meses é também maior que a inflação no período, sendo três vezes maior que o IPCA (+5,77%). É importante lembrar que o levantamento é realizado apenas com os novos anúncios inseridos na plataforma imobiliária Zap+.
Todas as 25 cidades monitoras pelo índice tiveram aumento no preço do aluguel. As maiores altas foram registradas em:
- Goiânia (+32,37%);
- Florianópolis (+30,97%);
- Curitiba (23,75%);
- Fortaleza (22,39%);
- Belo Horizonte (20,99%).
Preço médio da locação
Além do cálculo geral do índice, a Zap+ também apontou o preço médio do aluguel residencial nas 25 cidades monitoradas. Segundo o levantamento, o preço médio geral foi de R$37,13/m² em janeiro deste ano. Nesse sentido, ao realizar uma comparação entre as 11 capitas incluídas no índice, São Paulo possui o maior preço médio, R$45,90/m².
Outras capitais que apresentam preço médio elevado para o aluguel são: Recife (R$42,88/m²), Rio de Janeiro (R$38,31/m²) e Brasília (R$36,87/m²). Por outro lado, as capitais que apresentaram menor valor para o preço médio de locação foram: Fortaleza (R$23,70/m²), Goiânia (27,14/m²), Porto Alegre (R$28,03/m²) e Curitiba (R$30,50/m²).
Inflação do aluguel também fechou 2022 em alta
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) fechou o ano de 2022 com alta de 5,45%. Os dados foram fornecidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A inflação medida pelo IGP-M registrada para dezembro do ano passado foi de 0,45%, apresentando alta após quatro meses de deflação.
“A última edição do IGP-M de 2022 mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produto e a consumidor”, disse André Braz, Coordenador dos Índices de Preços. “No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão, bovinos e óleo de soja refinado. Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate e cebola”, argumentou.
Embora o índice tenha fechado 2022 em alta, se comparamos com 2021, a inflação do aluguel, medida pelo IGP-M, desacelerou, sendo aproximadamente três vezes menor que o medido no ano anterior (17,78%).
É importante lembrar que o IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel” pelo fato de servir de parâmetro para o reajuste da maioria dos contratos de locação de imóveis. No entanto, também é utilizado para o reajuste de outros tipos de contratos e outras situações.
Nesse sentido, na hora de renovar o contrato de aluguel, é importante reforçar outras questões com o dono do imóvel, buscando negociar valores mais justes para o aluguel do imóvel. Embora o IGP-M seja utilizado como índice, é possível comprovar benfeitorias no imóvel, bem como realizar comparação do valor pago com outros da região que são semelhantes. Negociar o ajuste do contrato através de outros índices, como o IPCA, também é uma opção.