As pequenas indústrias não sofreram tanto com a falta de insumos ou o alto custo das matérias-primas no terceiro trimestre. Pelo menos é isso o que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou nesta segunda-feira (7).
De acordo com o levantamento Panorama da Pequena Indústria (PPI), as micros e pequenas indústrias brasileiras “tiveram mais facilidade para adquirir insumos, produzir, contratar e utilizar a capacidade instalada das empresas” entre julho e setembro deste ano.
Em outras palavras, o alto custo e a falta de insumos deixou de ser o maior problema enfrentado pelas indústrias de pequeno porte do setor extrativo e da construção. Já em relação à indústria da transformação, esse ainda é o principal desafio das empresas, mas em menor intensidade que anteriormente.
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Veja os principais desafios para as pequenas indústrias
Segundo o levantamento da CNI, as pequenas indústrias do país tiveram desafios variados no terceiro trimestre. A saber, o principal problema para os setores foi diferente entre as empresas.
Confira abaixo quais foram:
- Indústria Extrativa: elevada carga tributária
- Industria de Transformação: falta ou alto custo da matéria-prima
- Industria da Construção: taxas de juros elevadas
“O problema da falta ou alto custo de matéria-prima não deixou de existir, mas foi menos assinalado no terceiro trimestre pelas pequenas indústrias. A expectativa é que recue ainda mais no fim de 2022”, afirmou a analista de Políticas e Indústria da CNI, Paula Verlangeiro.
“Atualmente, na indústria extrativa a dificuldade mais recorrente é a elevada carga tributária e na indústria da construção são as taxas de juros elevadas”, disse a analista.
Por fim, o levantamento revelou que o Índice de Desempenho médio registrou 49,0 pontos, ficando bem acima da média histórica para o trimestre (45,3 pontos). Já o Índice de Situação Financeira registrou 43,7 pontos, melhor resultado desde 2013.
“A melhora da situação financeira está relacionada ao aumento dos indicadores de satisfação com o lucro operacional, de satisfação com a situação financeira e de facilidade de acesso ao crédito no período analisado”, disse Paula Verlangeiro.
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