O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que atualmente está vivendo nos Estados Unidos, teve sua prisão preventiva e também extradição decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou o jornal “O globo” nesta quinta-feira (21).
Na decisão, o membro da corte enviou ao Ministério da Justiça uma ordem para que a pasta inicie o procedimento de extradição do blogueiro, que terá seu nome encaminhado para a Interpol.
Apesar da notícia ter vindo à tona nesta quinta, “O Globo” revelou que, na realidade, a ordem do ministro do STF foi dada 15 dias. Nesse sentido, até mesmo a embaixada do Brasil nos Estados Unidos já havia sido informada do fato.
Assim como vem publicando o Brasil123, Allan dos Santos é alvo de dois inquéritos que tramitam STF. Essas investigações apuram um suposto esquema de divulgação de informações falsas que tinham como intuito atacar autoridades e organizar atos antidemocráticos.
Allan dos Santos alvo da PF
Nos últimos meses, o blogueiro foi alvo de algumas ações da Polícia Federal (PF). Além disso, no último dia 14, Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio do canal do suspeito no YouTube, o “Terça Livre”, e também seu perfil pessoal no Instagram.
Ativo mesmo nos Estados Unidos
Em sua decisão, Alexandre de Moraes afirmou que nem o fato de estar fora do Brasil fez com que Allan dos Santos parasse de cometer suas ações criminosas. Por conta disso, o ministro afirma que a prisão preventiva dele é necessária, pois garantirá a ordem e o prosseguimento das investigações que estão em curso.
“Identificou-se que, mesmo em solo norte-americano, Allan dos Santos esteve na ativa, tendo se associado a pessoas ligadas aos violentos atos criminosos que ocorreram no prédio do Capitólio, que buscavam contestar o resultado das eleições nos EUA, e esteve pessoalmente nos atos”, disse o ministro.
Por fim, Alexandre de Moraes ainda afirmou que a ida de Allan dos Santos para os Estados Unidos aconteceu por conta das investigações e também porque, de lá, ele conseguiria continuar atuando, conseguindo, assim, atingir seus objetivos, que segundo o ministro do STF, são “fazer dinheiro” e “dividir o país”.
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